Investing.com – A Walt Disney (NYSE:DIS) divulgou ontem à noite suas demonstrações financeiras reestruturadas para sua nova estrutura de segmentos. Confira a reação em Wall Street.
Os analistas do Barclays (LON:BARC) afirmaram que a principal mudança na estrutura de segmentos envolveu a segregação do negócio de esportes do negócio de entretenimento.
“A margem operacional reportada de 14,4% nos nove meses do ano fiscal 2023 (excluindo o impacto das perdas do ESPN+) é menor do que esperávamos,” disseram, ao recomendar manutenção e definir um preço-alvo de 88 dólares para a Disney.
No entanto, observaram que isso se deve à inclusão dos canais de esportes indianos da empresa no segmento de esportes, já que a companhia teve que pagar caro pelos direitos do críquete mesmo tendo perdido distribuição por um tempo devido a um grande conflito de distribuição.
“Excluindo Star Sports, ESPN+ e o negócio internacional da ESPN (que também está operando em níveis aproximadamente equilibrados), as margens da ESPN doméstica parecem ser de cerca de 20,4% nos nove meses deste ano versus 26,1% para o ano inteiro de 2022”, acrescentaram os analistas.
O Barclays observa que a receita operacional doméstica da ESPN para os três primeiros trimestres do ano fiscal atual teve margens cerca de 100 pontos-base mais baixas do que no mesmo período do ano passado, apesar do fato de que as perdas da ESPN+ parecem estar diminuindo, “o que implica uma maior deterioração nas margens da ESPN ano a ano.”
Os estrategistas do banco explicaram que a Disney alocou 56% da receita dos nove meses das antigas redes lineares para Esportes, “contudo, a margem operacional agregada para Esportes foi de 11% ao longo dos três trimestres.” Os analistas acrescentaram que parece baixo, mas faz sentido dado o alto custo dos direitos esportivos.
Eles observaram ainda que a receita de Esportes é estável, mas sua margem é “irregular.”
“A ESPN enfrenta o desafio fundamental de não possuir o conteúdo subjacente. Com o custo dos direitos esportivos continuando a aumentar, a Disney precisa provar que a ESPN pode ser o agregador de esportes e, assim, justificar sua presença dessa forma”, concluíram.