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Lula diz que não haverá GLO enquanto for presidente

Publicado 27.10.2023, 13:59
© Reuters. Presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto
22/09/2023 REUTERS/Adriano Machado

Por Lisandra Paraguassu

BRASÍLIA (Reuters) - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta sexta-feira que enquanto ele estiver no comando do país não será decretada uma operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), ocasião excepcional de uso das Forças Armadas em situações consideradas graves.

O presidente disse ainda, em conversa com jornalistas, que tem boa relação com as Forças Armadas e que os militares não podem, como um todo, serem julgados "pela loucura do que aconteceu no dia 8 de janeiro", referindo-se ao dia em que apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro -- alguns deles, militares -- invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes em Brasília.

"Eu nesta semana tive uma reunião com os três comandantes das Forças Armadas e com o companheiro José Múcio, para discutir uma participação deles no Rio de Janeiro", disse Lula, que pretende lançar medidas na próxima semana para ajudar a conter a violência no Estado.

"Eu não quero as Forças Armadas na favela brigando com bandido. Não é esse o papel das Forças Armadas e enquanto eu for presidente não tem GLO. Eu fui eleito para governar esse país e vou governar esse país."

Lula relatou ter selado um acordo com os ministérios da Defesa e da Justiça e Segurança Pública e com o governo do Rio de Janeiro para a atuação do governo federal no combate à crise da violência no Estado.

O presidente ponderou, no entanto, que a atuação federal não pode invadir as atribuições da polícia estadual. Segundo ele, a Marinha irá reforçar sua atividade nos portos da mesma forma que a Aeronáutica vai intensificar o policiamento nos aeroportos. A Polícia Federal entrará com a expertise em inteligência, assim como a Polícia Rodoviária Federal também ajudará na fiscalização. Ainda de acordo com Lula, o Exército e a Força Nacional também vão ajudar, mas "dentro dos limites".

Lula descartou, ainda, a possibilidade de uma intervenção federal no Estado.

"Mas a gente não vai fazer nenhuma intervenção como já foi feita pouco tempo atrás em que se gastou uma fortuna com o Exército no Rio de Janeiro e que não resolveu nada", disse a jornalistas.

"Quando você faz uma intervenção abrupta, os bandidos tiram férias. Quando termina a intervenção, eles voltam. Então nós não queremos isso."

Atualmente, mais de 300 agentes da Força Nacional de Segurança Pública estão no Rio de Janeiro reforçando o patrulhamento em rodovias federais. Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal também atuam na operação de segurança iniciada neste mês, batizada de Operação Maré.

© Reuters. Presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante entrevista com jornalistas no Palácio do Planalto
27/10/2023 REUTERS/Ueslei Marcelino

O problema crônico de segurança público no Rio de Janeiro ganhou novo contorno com a intensificação da atuação de organizações criminosas no Estado.

Na segunda-feira, a maior milícia do Rio de Janeiro promoveu um caos na cidade ao incendiar 35 ônibus, dois caminhões, dois carros de passeio e um trem na zona oeste. Horas antes, o número dois na hierarquia do grupo miliciano morreu em uma ação da Polícia Civil.

Nesta sexta-feira, a segurança do governador do Estado, Cláudio Castro (PL), e de familiares teve de ser reforçada após órgãos de inteligência descobrirem um plano para um atentado contra o chefe do Executivo fluminense. De acordo com fontes com conhecimento do assunto, o plano teria sido arquitetado por milicianos em represália às ações do governo fluminense contra sua atuação no Estado.

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