Lula diz que, se eleito, vai negociar volta de direitos trabalhistas desde primeiro dia de governo

Publicado 08.09.2022, 20:54
Atualizado 08.09.2022, 20:55
© Reuters. Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante comício em Nova Iguaçu
08/09/2022
REUTERS/Ricardo Moraes

BRASÍLIA (Reuters) - Em comício na Baixada Fluminense, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a dizer, nesta quinta-feira, que irá discutir a volta de direitos trabalhistas a partir de janeiro, se vencer as eleições deste ano para o Palácio do Planalto.

"A escravidão acabou em 1888", discursou Lula em Nova Iguaçu, repetindo que os trabalhadores precisam ter direito a descanso semanal remunerado, férias e compensação em casos de acidentes.

O ex-presidente tem dito que vai rever pontos da reforma trabalhista aprovada no governo de Michel Temer, mas diz que a intenção não é voltar para a CLT antiga, e sim modernizar o texto para prever novas formas de trabalho, mas que garantam os direitos, por exemplo, de trabalhadores de aplicativos.

Lula voltou a dizer, ainda, que pretende retomar os reajustes do salário mínimo acima da inflação, uma prática abandonada no governo do presidente Jair Bolsonaro, que é candidato à reeleição.

"A partir de janeiro o salário mínimo vai aumentar todo ano de acordo com o crescimento da nossa economia", disse Lula.

De acordo com a legislação atual, o salário mínimo deve ser reajustado, a cada ano, de acordo com a variação da inflação mais a variação do crescimento do Produto Interno Bruto, pelo menos.

O ex-presidente também voltou a pedir que seus eleitores elegem deputados e senadores que sejam parte da sua base.

"Um presidente da República tem que ter um time. E o meu time são candidatos a deputado que vão me ajudar a desfazer aquilo que Temer e Bolsonaro fizeram", disse.

© Reuters. Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante comício em Nova Iguaçu
08/09/2022
REUTERS/Ricardo Moraes

Em seu palanque, o único candidato ao Senado era André Ceciliano, do PT, escolhido como parte de acordo do partido com o PSB para que Lula apoiasse Marcelo Freixo (PSB) ao governo do Rio. A disputa pela vaga ao Senado, no entanto, provocou um racha no PSB fluminense, que lançou o deputado Alessandro Molon para a mesma vaga.

A presença de Molon foi vetada no palanque, apesar do parlamentar ter feito propaganda do comício em suas redes sociais.

 

(Reportagem de Lisandra Paraguassu)

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