Investing.com – Considerando o valuation como um dos mais atrativos em seu universo de avaliação, o banco Goldman Sachs (NYSE:GS) iniciou a cobertura das ações da Marfrig (BVMF:MRFG3) com recomendação de compra e preço-alvo de R$18,10. Às 10h29 (de Brasília), as ações registravam maior valorização do índice Ibovespa, com ganhos de 5%, cotadas a R$14,52. A performance das ações no ano teriam sido apoiadas principalmente pela BRF (BVMF:BRFS3), no entendimento do banco.
“O Brasil deve continuar a se beneficiar da boa disponibilidade de animais e do poder de precificação decente, já que a recente otimização do portfólio aumentou a penetração de produtos de marca e de valor agregado no portfólio doméstico da Marfrig para 40-50%”, detalham Thiago Bortoluci e Nicolas Sussmann.
Os analistas esperam melhoria na alavancagem do grupo ao longo dos próximos 18 meses, tendo em vista que as recentes aprovações antitruste devem possibilitar que a venda de ativos para a Minerva (BVMF:BEEF3) seja finalizada até o final do ano.
“No futuro, acreditamos que uma melhor alavancagem seria o principal catalisador de curto prazo para apoiar o desempenho positivo dos preços (como aconteceu com o acumulado no ano da JBS (BVMF:JBSS3)), enquanto a maior visibilidade em relação aos balanços patrimoniais em nível de segmento poderia se traduzir em uma potencial reclassificação”, completam os analistas.
Ciclo do gado negativo nos EUA
Apesar do fato de que o mercado dos EUA de carne bovina enfrenta uma desaceleração cíclica, a Marfrig North America tende a apresentar Ebitda positivo em 2025 e 2026, na visão dos analistas.
A lucratividade não deve ser fortemente afetada, e a “moderação na demanda do consumidor, aumento dos volumes de importação e acréscimos de capacidade limitados ao longo do últimos 5 anos deverão ajudar a equilibrar a cadeia de abastecimento”.
Enquanto isso, a National Beef é considerada pelo Goldman Sachs como “uma vaca leiteira, apesar do ciclo”.