Por Maria Carolina Marcello
BRASÍLIA (Reuters) - A dois dias do primeiro turno dos eleições, marcadas por um clima de apreensão diante da ameaça do presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) não aceitar seu resultado, o presidente do Congresso, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), fez nova defesa nesta sexta-feira das urnas eletrônicas e da segurança do sistema eleitoral.
As reiterações de Pacheco sobre a confiabilidade do processo eleitoral brasileiro ocorreram em evento de recepção de comitiva de convidados internacionais pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), formada por autoridades e especialistas eleitorais de mais de 20 países, para atuar como observadora das eleições de domingo.
"A democracia, portanto, é o compromisso inexpugnável do nosso sistema. Dentro dos limites lógicos desse regime, as instituições brasileiras têm trabalhado para aperfeiçoá-lo, ainda mais, e a sociedade, a cada ano, reforça sua adesão a ele", disse Pacheco às autoridades.
"A Justiça Eleitoral promoveu diversas inovações ao nosso sistema. Uma delas, a urna eletrônica, revelou-se fundamental à concretização dos princípios eleitorais. Possibilitou assegurar o voto secreto e universal, de fato", disse, abordando um dos alvos preferenciais de Bolsonaro e seus aliados, que sugerem, sem apresentarem provas, a possibilidade de fraude do pleito.
"Viabilizou uma apuração rigorosa, transparente e rápida, essencial para que as eleições tenham resultados incontestes. A urna eletrônica, juntamente com outros mecanismos desenvolvidos pela Justiça Eleitoral, constitui um pilar da democracia brasileira. E repito: é motivo de grande orgulho nacional", acrescentou Pacheco.