SÃO PAULO (Reuters) - Um homem foi preso em flagrante na tarde de terça-feira após matar outro homem esfaqueado depois de uma discussão política em Itanhaém, no litoral sul de São Paulo, informou a Secretaria de Segurança Pública do Estado em nota nesta quarta-feira.
Segundo reportagens de portais de notícias, o autor do crime seria apoiador do ex-presidente e candidato ao Planalto Luiz Inácio Lula da Silva (PT), enquanto a vítima seria um apoiador do atual presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL).
De acordo com o portal Uol, os dois eram amigos e moravam juntos na casa onde o crime aconteceu. Ainda segundo o Uol, o acusado teria afirmado em depoimento à Polícia Civil que a discussão começou enquanto os dois almoçavam, após a vítima afirmar que "todo petista era ladrão", ouvindo como resposta do autor do crime que ele estava "comendo a comida que o petista comprou".
A Secretaria de Segurança Pública de SP informou em nota que a Polícia Militar foi acionada para atender uma ocorrência de agressão, e que, no local, apurou que a vítima foi esfaqueada após discussão política. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) confirmou a morte da vítima.
A disputa eleitoral deste ano tem sido marcada por elevada tensão e vários casos de violência, especialmente entre apoiadores de Lula e Bolsonaro.
Em meio ao clima agressivo, um guarda municipal e militante do PT morto a tiros em julho durante sua festa de aniversário --que tinha Lula como tema-- em Foz do Iguaçu por um policial penal apoiador de Bolsonaro. Em setembro, na cidade de Confresa, no Mato Grosso, um eleitor simpático a Bolsonaro matou a facadas um defensor de Lula, após uma discussão política enquanto trabalhavam.
Às vésperas do primeiro turno, um apoiador de Bolsonaro foi morto a facadas em um bar de Santa Catarina e a polícia apura se a motivação foi política. No Ceará, um homem foi assassinado por outro ao responder que votaria em Lula quando o agressor quis saber se havia algum eleitor do petista no local.
(Por Pedro Belo)