Investing.com – Após um trimestre considerado como desafiador, a Prio (BVMF:PRIO3) estaria “navegando por mares tempestuosos com um navio estável”, na percepção da XP Investimentos (BVMF:XPBR31), que enxerga perspectivas mais animadores por vir, conforme relatório divulgado a clientes e ao mercado nesta quarta-feira, 06 de novembro.
A petroleira registrou um lucro líquido de US$ 165 milhões no terceiro trimestre, retração de 52% em relação ao mesmo período do ano passado. A produção totalizou em torno de 70kbpd, inferior ao esperado pela XP e um recuo trimestral em torno de 22%. Com brent mais baixo, as margens pioraram, além da alavancagem, segundo a XP. Apesar de uma pequena expansão da dívida líquida, a XP entende que este não é um fator de preocupação.
Os dados foram considerados fracos pela XP, diante da diminuição robusta na produção, além da cotação mais baixa do petróleo no mercado internacional. No entanto, mesmo com indicadores deixando a desejar, a XP entende que a piora no trimestre já era esperada pelos investidores, que devem voltar suas atenções, agora, “para atualizações das licenças ambientais do Wahoo e nas próximas etapas após a aquisição do Peregrino”, o que os analistas consideram como essenciais para a tese.
O que esperar para os próximos trimestres?
A produção da junior oil já teria demonstrado recuperação robusta em setembro, o que corrobora a visão favorável da XP para a companhia. A projeção é de um rendimento do FCFE em 23% em 2025.
“Esperamos pequenas melhorias adicionais no curto prazo, como a reativação de poços parados em TBMT (embora a aprovação do Ibama para a recuperação esteja demorando mais do que o esperado anteriormente) e ganhos em Albacora Leste após a manutenção, o que pode adicionar cerca de 4-6kbpd à produção”, entendem os analistas Regis Cardoso e Helena Kelm.
Para o ano que vem, os analistas esperam melhorias adicionais com o fechamento da aquisição de Peregrino e o início da produção de Wahoo, o que requer aval do órgão ambiental brasileiro.
Às 13h54 (de Brasília), as ações da Prio recuavam 0,89%, a R$39,97.