WASHINGTON (Reuters) - O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump disse a aliados que manteve contato com o líder recluso da Coreia do Norte, Kim Jong Un, desde que deixou a Casa Branca, de acordo com uma reportagem nesta quinta-feira, enquanto os recentes testes de mísseis balísticos de Pyongyang têm aumentado as tensões internacionais.
"Como sabemos, ele tinha uma fixação por esse relacionamento", disse a repórter do New York Times Maggie Haberman à CNN. A revelação está contida no próximo livro dela sobre Trump, "The Confidence Man".
Trump declarou em 2018 que ele e Kim "se apaixonaram" depois de trocar cartas, mas duas reuniões com o líder norte-coreano com o objetivo de desnuclearizar a península coreana não conseguiram conter os testes de mísseis do país e a retórica dura.
As alegações de Trump não puderam ser verificadas e podem não ser verdadeiras, disse Haberman.
"O que ele diz e o que realmente está acontecendo nem sempre estão em sintonia, mas ele tem dito às pessoas que manteve algum tipo de correspondência ou discussão com Kim Jong Un", declarou ela.
É o único líder estrangeiro com quem Trump disse que mantém contato, acrescentou a repórter.
Um contato com Kim seria incomum para um ex-presidente, dados os crescentes testes de mísseis de Pyongyang. A Coreia do Norte se gabou na terça-feira de que é um dos poucos países no mundo a colocar em campo armas nucleares e mísseis avançados e o único que enfrenta os Estados Unidos "sacudindo o mundo" com testes de mísseis.
Um representante de Trump não retornou imediatamente um pedido de comentário.
(Reportagem de Doina Chiacu)