Cidade do México, 20 ago (EFE).- O governo do México baixou nesta quinta-feira suas expectativas de crescimento econômico para 2015 para uma faixa entre 2% a 2,8%, por causa de uma queda na produção e nos preços do petróleo em meio a um ambiente global "complexo e volátil".
O subsecretário de Fazenda, Fernando Aportela, anunciou o ajuste depois que o instituto de estatísticas divulgou que a economia cresceu no período abril-junho 2,2% em relação ao mesmo período de 2014, um ritmo menor que no trimestre anterior, quando subiu 2,6% a taxa anual.
Até hoje a meta de crescimento era para o governo de Enrique Peña Nieto de 2,2% a 3,3%.
Em entrevista coletiva, Aportela falou de "um ajuste ordenado" diante das menores expectativas de crescimento global, a redução da produção petrolífera, que impactou 0,4% ponto percentual no aumento do PIB, e na queda dos preços da commodity mexicana para menos de US$ 40 o barril.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) rebaixou sua previsão de crescimento global para o México de 3,5% para 3,3% no fechamento deste ano e no caso da América Latina de 0,9% para 0,5%.
Além disso, segundo o subsecretário, "ainda persistem riscos em baixa para estas economias associados a uma recessão mais profunda que a prevista em Rússia e Brasil, assim como maior fraqueza do crescimento na China".
Segundo Aportela, o desempenho econômico do México é relevante comparado com outras economias da região como Chile e Argentina, que crescem a menor ritmo, enquanto que o Brasil registra taxas negativas.
"No México foi possível se diferenciar de outras economias emergentes por causa de fatores como a solidez das finanças públicas, uma inflação baixa e estável e as perspectivas das reformas estruturais", de acordo com Aportela.
Em 2014, o PIB da maior economia latino-americana depois do Brasil subiu 2,1% em relação a 2013. Este dado foi superior a 1,4% de 2013 frente ao ano anterior, mas muito longe da estimativa inicial do governo mexicano de 3,9%.