LONDRES (Reuters) - A economia da Grã-Bretanha seria 4 por cento maior em 10 anos após deixar a União Europeia do que se permanecer nela devido aos benefícios de tarifas mais baixas para as importações de fora do bloco, disseram nesta quinta-feira economistas que defendem a saída.
Antes do referendo de 23 de junho sobre a permanência na UE, uma série de instituições, do Ministério das Finanças do país ao Fundo Monetário Internacional (FMI), disseram que a Grã-Bretanha ficará em situação muito pior se perder o acesso livre de tarifas ao mercado único do bloco.
O professor de economia da Universidade de Cardiff Patrick Minford disse que o país deve contar com níveis tarifários definidos na Organização Mundial do Comércio, e que descartar as tarifas externas da UE diminuirá os preços ao consumidor em 8 por cento, impulsionando o Produto Interno Bruto (PIB) em 4 por cento em cerca de 10 anos.
Os benefícios dos acordos comerciais bilaterais são supervalorizados e muito investimento estrangeiro é dirigido ao país mais devido à sua força competitiva e não pelo seu acesso à UE, disse Minford em uma entrevista à imprensa em Londres organizada por economistas que defendem a saída.
"Não há necessidade de nós sairmos perseguindo um milhão de acordos comerciais com o resto do mundo. Eles são irrelevantes", disse.
(Reportagem por David Milliken)