PARIS (Reuters) - Semanas de greves na França por causa de planejadas reformas trabalhistas não tiveram um impacto substancial na economia, mas podem prejudicar sua já fraca recuperação caso continuem e cresçam, disse o ministro das Finanças, Michel Sapin, em uma entrevista.
"Até agora, as greves foram parciais e limitada a certos setores", disse Sapin em uma entrevista ao jornal de negócios Les Echos, publicada neste domingo. "Eu não vejo qualquer impacto substancial nas atividades."
"Naturalmente, há muitas imagens, mas não vejo efeito econômico substancial na atividade", disse ele.
O ministro alertou, no entanto, que se a greves continuarem por muito tempo e se espalharem para mais setores, isso pode prejudicar a recuperação econômica do país.
A economia francesa cresceu a um ritmo mais forte do que o esperado, de 0,6 por cento, no primeiro trimestre, motivada por uma alta nos gastos dos consumidores e uma recuperação nos investimentos empresariais. Além disso, o desemprego caiu em abril, recuando pelo segundo mês seguido.
Falando à emissora de TV LCI, Sapin disse também, neste domingo, que as enchentes na capital francesa, as piores em 30 anos, não terão impacto negativo na economia porque apenas uma pequena parte do país foi afetada.