Por Michael Holden
LONDRES (Reuters) - Acredita-se que mais de 700 britânicos viajaram para a Síria e que mais da metade já voltou para casa, onde agora representam uma ameaça terrorista significativa, afirmou a polícia da Grã-Bretanha nesta quinta-feira.
Mark Rowley, principal autoridade de combate ao terrorismo do país, também mencionou a prisão recorde de 338 pessoas relacionadas a delitos de terrorismo este ano, um aumento de um terço em relação a 2013.
Segundo ele, dos mais de 700 britânicos que se acredita terem partido, estima-se que "uma porção significativa" tentou se unir ao Estado Islâmico, que ocupa vastos territórios de Síria e Iraque. Também se acredita que cerca de metade daqueles que foram à região já retornaram para sua terra natal.
"(O Estado Islâmico) e outros grupos terroristas estão tentando direcionar ataques na Grã-Bretanha, incentivando cidadãos britânicos a viajar para a Síria para lutar e treinar, e estão procurando, através de sua propaganda, provocar indivíduos na Grã-Bretanha a realizar ataques violentos aqui", afirmou Rowley em comunicado.
Ele disse que as ameaças vão dos "que agem sozinhos determinados a conduzir ataques violentos e brutais" a tramas mais sofisticadas e ambiciosas coordenadas com redes organizadas. Das pessoas presas no ano passado, 11 por cento eram mulheres e 17 por cento tinham menos de 20 anos.
Em agosto passado, as autoridades britânicas aumentaram o alerta de terrorismo para seu segundo nível mais alto, o de ameaça "séria", o que significa que um ataque é considerado altamente provável, e os representantes de segurança alertaram repetidamente sobre o perigo dos veteranos de batalhas na Síria que voltam para casa.