Tóquio, 29 mai (EFE).- O primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, procura adiar a nova alta do IVA no país, prevista para abril de 2017, até outubro de 2019, mas estaria tendo dificuldades na hora de estabelecer um consenso entre a coalizão governante.
Abe expôs sua intenção de atrasar dois anos e meio a alta do imposto em reunião com o ministro das Finanças Taro Aso, o porta-voz do Executivo Yoshihide Suga e o secretário-geral de sua legenda, o Partido Liberal-Democrata (PLD), na noite do sábado, mas não chegaram a um acordo, segundo publica hoje a imprensa japonesa.
Abe se referiu no encontro à recém realizada Cúpula do Grupo dos Sete (G7), que terminou na sexta-feira passada, e na qual os líderes das sete potências mais industrializadas concordaram na difícil situação que atravessa a economia global.
De fato, na reunião Abe falou de um cenário como o que deixou a quebra do Lehman Brothers em 2008 para insinuar as próximas apostas de Tóquio, entre elas o adiamento do aumento do IVA do atual 8 para 10%, que seu governo propôs.
A proposta teria encontrado reservas do partido no poder, que expressou sua preocupação com a possibilidade de que o atraso afete os planos para ampliar os programas de bem-estar social e o restabelecimento da saúde fiscal do país, segundo a emissora pública "NHK".