Investing.com - O Ibovespa opera próximo a estabilidade nesta terça-feira (31/5) de dados importantes da economia e avanço da Lava Jato. O índice abriu em baixa de 0,6% batendo nos 48.668 com 10 minutos de pregão. O mercado levou o Ibov para alta de 0,6% aos 49.269, movimento que perdeu força ao longo da manhã.
O dia foi marcado por dados importantes e em sentido contrário da economia. Enquanto o mercado recebeu bem o superávit primário de R$ 10,2 bilhões em abril, contra previsões de R$ 2 bilhões, o desemprego medido pelo IBGE deu novo salto para 11,2% no trimestre encerrado em abril.
No front político, o presidente interino Michel Temer perdeu seu segundo ministro em menos de duas semanas de governo. Fabiano Silveira renunciou do cargo de ministro da Transparência (ex-CGU) após o vazamento de áudio de conversa na qual critica a Lava Jato e orienta a defesa do senador Renan Calheiros. Segundo a coluna da Mônica Bergamo, na Folha de S.Paulo, a Odebrecht acertou com o MPF o negociar acordo de delação premiada na qual se comprometeria a detalhar o financiamento de campanha de PT, PMDB e PSDB.
A Petrobras (SA:PETR4) opera sem direção definida e passou a cair 1% no início da tarde, pesando sobre o Ibovespa. A ação preferencial é negociada a R$ 8,33 se descolando do petróleo, que sobe 1,1% no mercado internacional. Ontem, o conselho de administração da companhia aprovou o nome de Pedro Parente para assumir a presidência da petroleira, substituindo Aldemir Bendine. A Federação Única dos Petroleiros aprovou greve geral dos trabalhadores para o dia 10 de junho.
A Vale (SA:VALE5) opera em alta de 1% com notícias de que há uma pressão no governo para a substituição do atual presidente Murilo Ferreira por Tito Martins, da Votorantim Metais, segundo coluna do Ancelmo Gois no O Globo. O mercado deixou de lado o noticiário negativo com a informação da Folha de S.Paulo de que a Vale adulterou informações sobre o volume de lama despejado na barragem da Samarco para atrapalhar a investigação da Polícia Federal. O minério de ferro fechou em baixa e se aproximou dos US$ 50/t na China. Bradespar (SA:BRAP4) ganha 2,9%.
As siderúrgicas operam sem direção definida com Usiminas (SA:USIM5) e Metalúrgica Gerdau (SA:GOAU4) em quedas de 0,6% e 0,5%, respectivamente, enquanto a CSN (SA:CSNA3) sobe 2% e a Gerdau (SA:GGBR4), 0,3%.
Os bancos enfrentam novo dia negativo com o pessimismo sobre a economia brasileira, intensificado com o aumento do desemprego. Itaú Unibanco (SA:ITUB4) recua 1,2%, Itaúsa cai 1,4% e op Bradesco (SA:BBDC4), -1,6%. Banco do Brasil (SA:BBAS3) oscila perto da estabilidade.
A maior alta do dia vem das ações da Fibria (SA:FIBR3), que informou que reajustará o preço da celulose a partir de junho na Europa, América do Norte e Ásia, seguindo os passos da Suzano (SA:SUZB5) e Eldorado.
Dólar
A moeda retornou aos R$ 3,60 com ganhos de 1% frente ao real.