SÃO PAULO (Reuters) - Mesmo com a disputa mais acirrada entre as companhias aéreas brasileiras em preços de passagens, a demanda por voos domésticos em junho cresceu menos que a oferta de assentos, refletindo a fraca atividade econômica do país.
Segundo a Abear, que representa a indústria de aviação do país, a demanda por vôos domésticos em junho foi 1,74 por cento maior que em igual período de 2014. Na mesma comparação, a oferta das companhias cresceu 2,55 por cento. Com isso, a taxa de ocupação das aeronaves caiu 0,62 ponto percentual no mês passado, a 77,93 por cento.
"A dificuldade em manter estabilidade tem exigido atenção redobrada das companhias", disse nesta quinta-feira a jornalistas o presidente da Abear, Eduardo Sanovicz.
No semestre, a demanda por voos domésticos cresceu 3,78 por cento sobre um ano antes, ante aumento de 2,84 por cento na oferta de assentos, o que fez a taxa de ocupação subir 0,73 ponto.
Segundo Sanovicz, a oferta de promoções garantiu algum crescimento nos primeiros meses do ano.
"Desde então, as taxas de demanda têm mostrado tendência de redução", disse.
O ritmo de alta da demanda, que foi de 9,1 por cento em janeiro na comparação anual, deve chegar a dezembro estável ou negativa, disse ele.
A TAM manteve a liderança no ranking de demanda, com 37,02 por cento, seguida por Gol (36,7), Azul (17,1) e Avianca (9,16).
Em junho, a demanda brasileira por vôos internacionais medidos pela Abear subiu 11,59 por cento, enquanto a oferta de assentos avançou 12,33 por cento, o que também fez a taxa de ocupação recuar 0,53 ponto.
(Por Aluísio Alves)