Viena, 13 jul (EFE).- Os ministros das Relações Exteriores de França e Alemanha, Laurent Fabius e Frank-Walter Steinmeier, respectivamente, destacaram nesta segunda-feira em Viena, a capital da Áustria, onde participam das negociações sobre o programa nuclear iraniano, a importância da atuação do eixo franco-alemão para se chegar ao acordo estabelecido sobre a Grécia esta manhã em Bruxelas, na Bélgica.
"O acordo de hoje é uma boa notícia, já que permite à Grécia se manter na zona do euro e, ao mesmo tempo, mantém o euro sólido", disse Fabius para a imprensa, à margem das negociações entre Irã e G5+1 (EUA, Rússia, China, Reino Unido e França, mais Alemanha) que acontecem na capital austríaca.
"Quero destacar as relações franco-alemãs, que foram determinantes para que chegássemos a um compromisso e mantivéssemos a união do conjunto dos países europeus", assegurou o ministro francês.
"Esta é uma das principais lições do que ocorreu (em Bruxelas hoje). Quero destacar esta noção de amizade franco-alemã e a aliança de solidariedade e responsabilidade", concluiu Fabius.
Steinmeier, por sua vez, disse que a Europa demonstrou hoje que é capaz "de negociar com bom senso e solidariedade".
O ministro alemão acrescentou que a lição que se aprende da história da Europa, e que a deixa mais forte, é "saber que há interesses diferentes, ao mesmo tempo em que existe um caminho para levar à Europa adiante e também para ajudar àqueles que estão passando por um momento mais difícil".
"A situação na qual nos encontramos agora após estas longas e difíceis negociações não teria sido possível sem a colaboração entre Alemanha e França", opinou o ministro alemão, seguindo a mesma linha de seu colega francês.
"Acho que a Alemanha e a França estão dispostas, mesmo em uma situação de interesses e opiniões diferentes, a superar os obstáculos através do trabalho conjunto e a chegar a acordos que todos podem aceitar", disse Steinmeier no mesmo pronunciamento à imprensa em Viena.
"Ainda há passos difíceis para que nós possamos chegar a uma solução para um pacote de resgate. Cabe agora à Grécia mostrar, através de suas próprias decisões no governo e no parlamento grego, que está preparada para restaurar a confiança", concluiu o ministro alemão.