WASHINGTON (Reuters) - O presidente Barack Obama disse que vai explicar aos americanos e aos líderes do Congresso, esta semana, seu plano para "começar uma ofensiva" contra os militantes do Estado Islâmico, que ele disse que podem eventualmente se tornar uma ameaça para os Estados Unidos.
Obama fará um discurso na quarta-feira para "descrever como será o nosso plano de ação" e se encontrará com líderes do Congresso na terça-feira em busca de apoio para deter o grupo militante islâmico que controla parte da Síria e do Iraque.
O presidente, que fez campanha para tirar as tropas americanas do Iraque, tem lutado para esclarecer como quer lidar com o Estado Islâmico. No mês passado ele havia dito a jornalistas que ainda não havia uma estratégia para lidar com o grupo.
"Quero apenas que o povo americano entenda a natureza da ameaça, como vamos lidar com ela, e que ele acredite que vamos conseguir lidar com isso", disse Obama em entrevista ao programa da rede de TV NBC "Meet the Press", que foi ao ar neste domingo. A entrevista foi realizada em Washington, no sábado.
O discurso de quarta-feira vai acontecer um dia antes do aniversário dos ataques de 11 de setembro de 2001, quando militantes da al Qaeda lançaram aviões contra o World Trade Center, em Nova York, e o Pentágono, matando quase três mil pessoas.
"Quero que todos entendam que não temos nenhuma informação da inteligência sobre alguma ameaça imediata a nosso país por parte do grupo Estado Islâmico", disse Obama.
Mas o grupo atraiu combatentes estrangeiros de países Ocidentais que podem viajar para os EUA "sem problemas", disse Obama. "Com o tempo, isso pode se tornar um perigo sério ao nosso país."
Em outra entrevista dada este ano, Obama havia classificado o grupo em uma categoria de grupos de militantes estrangeiros que seriam uma ameaça pequena, comparando-o com um "JV" ou um time de jogadores universitários de segunda linha. Mas ele disse à NBC que o grupo cresceu. "Eles não são mais um time de JV", afirmou Obama.
(Reportagem de Roberta Rampton)