Investing.com - Os preços do petróleo reduziam os ganhos nesta quarta-feira após a Administração de Informação de Energia dos EUA (EIA, na sigla em inglês) divulgar um aumento nos estoques norte-americanos maior do que o esperado na semana passada.
O petróleo dos EUA avançava US$ 0,39, ou 0,89%, para US$ 48,63 o barril às 11h35 (horário de Brasília), comparado a US$ 48,75 antes do relatório.
A referência mundial Brent estava cotado a US$ 54,38 o barril, alta de US$ 0,11 ou 0,2%; mais cedo, a cotação do barril era US$ 54,59.
Os estoques de petróleo bruto tiveram aumento de 5,88 milhões de barris na semana passada, afirmou a EIA. O resultado veio acima das projeções de aumento de 3,2 milhões de barris nos estoques, e marcou um avanço na comparação com a alta de 4,58 milhões de barris na semana anterior.
O relatório também mostrou que os estoques de gasolina tiveram redução de 8,42 milhões de barris, em comparação às expectativas de 2,05 milhões de barris de redução, ao passo que os estoques de destilados tiveram redução de 3,21 milhões de barris, em comparação a projeções de 1,53 milhão de redução.
O relatório foi divulgado após o Instituto Americano de Petróleo, grupo do setor petrolífero, afirmar que os estoques de petróleo dos EUA tiveram aumento de 6,2 milhões de barris na semana passada.
Foi o segundo aumento seguido após o furacão Harvey tirar de operação a produção em alguns campos e refinarias do Golfo do México no Texas enquanto alguns produtores também reduziam a produção para evitar uma sobreoferta maior nos estoques.
Os preços do petróleo estavam em alta mais cedo após a divulgação do último relatório da OPEP, que mostrou que a produção de petróleo no cartel teve redução no mês passado, a primeira desde março.
Na terça-feira, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo afirmou que a produção teve diminuição de 79.000 barris por dia e totalizou 32,76 milhões em agosto, ocasionada principalmente por redução na Líbia, no Gabão, na Venezuela e no Iraque.
A OPEP também elevou um pouco sua perspectiva de demanda global de petróleo em 2017 e 2018. O cartel agora acredita que o mundo consumirá 96,77 milhões de barris por dia neste ano e 98,12 milhões de barris por dia no ano que vem.
Os preços tiveram sustentação adicional em meio a relatos de que a OPEP e seus aliados estão discutindo estender os cortes na produção que venceriam em março de 2018 para cerca de mais três meses.