WASHINGTON (Reuters) - Congressistas norte-americanos aprovaram projetos nesta terça-feira que buscam renovar sanções contra o Irã por dez anos e impor novas sanções à Síria, mostrando sua determinação de ter um papel maior nas políticas para o Oriente Médio independente de quem estiver na Casa Branca.
A Casa dos Representantes aprovou por 419 votos uma autorização para renovação por 10 anos do Ato de Sanções contra o Irã (ISA), uma lei adotada inicialmente em 1996 para punir eventuais investidores na indústria de energia do Irã e conter um movimento do país em busca de armas nucleares.
A Casa também aprovou um projeto que iria impor sanções ao governo da Síria e seus apoiadores, incluindo a Rússia e o Irã, devido a crimes de guerras e crimes contra a humanidade.
A medida contra o Irã iria vencer no final de 2016 se não fosse renovada. Ela ainda precisa ser aprovada no Senado e sancionada pelo presidente Obama antes de se tornar uma lei.
A administração Obama e outras potências mundiais chegaram a um acordo no ano passado pelo qual Teerã se comprometeu a conter seu programa nuclear em troco do fim da sanções.
Mas os congressistas disseram que querem que o ISA continue válido para enviar uma forte mensagem de que os EUA irão responder a provocações do Irã, e para garantir que qualquer presidente dos EUA possa reinstalar as sanções contra o país rapidamente se Teerã violar o acordo nuclear.
A votação aconteceu uma semana depois que o republicano Donald Trump foi eleito presidente dos EUA. Os republicanos do Congresso haviam se oposto unanimemente ao acordo nuclear com Teerã, e Trump também criticou fortemente a negociação.
Legisladores democratas e republicanos disseram esperar apoio bipartidário para uma atitude linha dura contra o Irã na nova administração federal.
(Por Patricia Zengerle)