Santiago do Chile, 17 nov (EFE).- A presidente do Chile, Michelle Bachelet, afirmou nesta sexta-feira que seu sucessor "não terá desculpas" para não manter as reformas impulsionadas por seu governo, em alusão às eleições do próximo domingo.
A chefe de Estado destacou hoje que as conquistas da sua administração, que o mundo "olha com admiração", foram alcançadas em tempos de "vacas magras" para o país, afetado por uma economia desacelerada e de baixo crescimento e agora com sinais de recuperação.
"Estamos entregando uma economia que recupera suas forças, logo o próximo presidente ou presidenta não terá desculpas para não manter estas bases de um Chile melhor, como benefício permanente para nossos compatriotas", destacou a governante, próxima a encerrar seu segundo mandato governamental, no próximo dia 11 de março.
Bachelet reiterou seu pedido para que seus compatriotas votem neste domingo, para assim "expressar sua preferência" por quem acreditem "que encarnam seus anseios de futuro, por quem serão seus representantes".
A presidente fez essas declarações ao acompanhar hoje a implementação de painéis solares instalados no teto do Palácio de La Moneda, sede do Executivo, que dotarão a sede presidencial de energia limpa.
Nesta linha, declarou que "os avanços nestes quatro anos em matéria energética são um exemplo em nível mundial e um orgulho para o nosso país. Através deles estamos assentando as bases de um futuro mais limpo e seguro para o Chile".
O governo de Bachelet impulsionou profundas reformas, tais como a educacional, a trabalhista e a tributária, assim como diversos compromissos adquiridos pela presidente durante o mandato, centrados na descriminalização do aborto em três casos, nos direitos da diversidade sexual e no reconhecimento a povos indígenas, entre outros.
O candidato direitista, Sebastián Piñera, que aparece como o favorito para governar o país nas pesquisas, disse publicamente que revogará ou realizará mudanças em algumas das políticas estabelecidas por Bachelet.