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Cardozo pedirá arquivamento de impeachment e apontará vingança de Cunha ao aceitar pedido

Publicado 04.04.2016, 13:20
© Reuters. Advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, durante cerimônia no Palácio do Planalto, em Brasília

BRASÍLIA (Reuters) - O advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, pedirá nesta segunda-feira à comissão especial do impeachment o arquivamento do pedido de impedimento da presidente Dilma Rousseff alegando falta de fundamentação jurídica e argumentará que na origem do pedido há um ato de "vingança" do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, segundo a Advocacia-Geral da União (AGU).

Cardozo, que apresentará a defesa de Dilma aos deputados da comissão especial nesta tarde, argumentará que Cunha só aceitou o pedido de impedimento da presidente em retaliação à decisão da bancada do PT de votar favoravelmente à abertura de um processo de quebra de decoro parlamentar contra ele no Conselho de Ética da Câmara.

"A Advocacia-Geral vai defender que o ato configura desvio de finalidade, pois levantaria a suspeita de que a atuação teria ocorrido não com o objetivo de atender ao interesse público de apurar eventual suspeita de irregularidade bem fundamentada, mas como um ato pessoal de vingança", disse a AGU em comunicado.

"A possibilidade de haver finalidade alheia ao interesse público contamina todo o processo e seria, por si só, motivo para o arquivamento", acrescentou o órgão.

Na defesa, Cardozo negará ainda a existência de operações de crédito entre União e bancos públicos nos repasses de recursos para programas sociais, um dos argumentos apresentados pelos autores da denúncia para pedir o impeachment, e afirmará que, mesmo que houvesse essas operações, Dilma não atuou diretamente nesse processo.

Sobre a edição de decretos de crédito suplementar, também apontada na denúncia dos juristas Hélio Bicudo, Miguel Reale Jr. e Janaína Paschoal como motivo para o impeachment, Cardozo dirá que os decretos foram legais, pois implicaram em remanejamento de recursos e não em aumento de gastos, o que permitiria, segundo Cardozo, que fossem editados sem autorização do Congresso.

Após a apresentação da defesa de Dilma, que será entregue por escrito pelo advogado-geral, que também fará uma sustentação oral e responderá perguntas dos deputados, o relator do pedido de impeachment contra Dilma, deputado Jovair Arantes (PTB-GO), deverá apresentar seu parecer sobre a abertura de processo de impeachment.

O relator disse que pretende apresentar o parecer aos demais membros da comissão especial até quinta-feira.

© Reuters. Advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, durante cerimônia no Palácio do Planalto, em Brasília

Para que um processo de impeachment seja aberto, ele precisa ser aprovado pelos votos de 342 deputados no plenário da Câmara e, depois, por maioria simples no Senado. Se o processo for instaurado, Dilma será imediatamente afastado do cargo por 180 dias até que o Senado a julgue.

(Por Maria Carolina Marcello e Eduardo Simões, em São Paulo)

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