BRASÍLIA (Reuters) - Defendendo uma "atenção redobrada" da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) em relação ao processo de recuperação judicial da Oi (SA:OIBR4), o ex-ministro das Comunicações Juarez Quadros, indicado pelo governo para presidir a agência, disse nesta terça-feira que o governo federal precisa ter uma "ação mais coordenada" no que se refere à operadora em dificuldades financeiras.
"Isso requer uma ação mais coordenada no governo central, para que não se chegue a posições diferentes entre os entes do governo federal", disse, lembrando que o governo é sócio da Oi, por meio do BNDES, mas também credor da empresa por conta de multas e dívidas com bancos públicos, além do papel regulatório da União, exercido pela Anatel, de manter a qualidade dos serviços prestados pela empresa.
"A prioridade da agência é o consumidor. Essa é a maior operadora, se juntar todos os serviços", disse.
Quadros falou a jornalistas nesta terça-feira após ter sua indicação para presidir a Anatel aprovada pela Comissão de Infraestrutura do Senado. O nome do executivo ainda precisa ser submetido ao plenário da Casa.
Quadros defendeu mudanças no trabalho da agência que, segundo ele, "não tem se antecipado aos fatos".
Ele afirmou, por exemplo, que é preciso melhorar a intercomunicação entre as diferentes superintendências técnicas da Anatel, e disse que o atual orçamento do órgão regulador é insuficiente.
(Por Leonardo Goy)