Lula defende “ampla maioria” de esquerda no Congresso em 2026

Publicado 17.10.2025, 09:05
© Reuters Lula defende “ampla maioria” de esquerda no Congresso em 2026

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta 5ª feira (16.out.2025) que a esquerda precisa conquistar ampla maioria no Congresso em 2026. Ele criticou congressistas da direita e a estratégia em casos como a PEC que dava imunidade a presidentes de partidos, conhecida como “PEC da blindagem”.

O presidente criticou a atuação de congressistas atuais, apontando que “muitos não estão qualificados para o cargo”.

“Não está preocupado com a pauta, não está preocupado com debate. Então, como é que a gente vai se preparar? PT, PCdoB, PDT, PSD, PSOL e outros partidos da legenda, como é que a gente vai se preparar para enfrentar essa máquina e garantir um Congresso em que possamos ter maioria para retomar nossas pautas?”, declarou durante a abertura do 16º Congresso do PCdoB, em Brasília.

“Quem não tem emenda não tem chance de competir. Esse é um desafio para nós, porque a direita não quer que a gente seja pior do que ela” , afirmou Lula.

MANUAL SAGRADO DE 2026

Lula admitiu que “possivelmente será candidato”. “Se eu decidir ser candidato, não é para disputar, só é para a gente ganhar essas eleições”, afirmou.

Para 2026, definido por ele como um “manual sagrado”, o presidente defendeu a necessidade de aproximar o discurso político da população, principalmente em regiões onde a esquerda tem pouca presença.

A crítica maior do presidente, porém, recaiu sobre a linguagem e o alcance do discurso progressista. “A gente tem que calibrar o discurso para falar com a sociedade para valer um discurso. A gente não tem que dar muita importância para Faria Lima, não. O nosso discurso é para o povo brasileiro”, afirmou.

Também citou que a direita tem domínio nas redes digitais e isso é um fator decisivo nas eleições. “A direita tomou conta da rede digital. A gente levou muito tempo para descobrir”, afirmou.

Ele também pediu uma estratégia diferente: lançar o máximo de candidatos possível para somar votos.

“Quando a gente acreditar que o deputado é importante, a gente vai lançar o máximo de candidato que a gente puder. Porque se tiver 1000 candidatos, cada um tendo um voto e multiplicado, mas se tiver só um, tem só um voto”, explicou, sugerindo que a fragmentação estratégica de candidaturas pode fortalecer a coligação progressista.

CRÍTICAS AO CONGRESSO

Lula também mencionou a PEC da blindagem, aprovada na Câmara em 2025, que dava ao presidente do partido o direito de pedir imunidade em processos internos. “Tentaram aprovar uma PEC na Câmara que protegia quadrilha”, disse, lembrando que a medida mobilizou a esquerda nas ruas.

O presidente também criticou a concentração de emendas parlamentares. O governo prepara uma estratégia de contingenciamento em resposta à MP do IOF, que aumentaria tributos.

CONGRESSO DO PC DO B

Lula participou da abertura do congresso comunista acompanhado de ministros e líderes partidários da base aliada. Entre eles estavam:

  • Alexandre Silveira (PSD), ministro de Minas e Energia;
  • Gleisi Hoffmann (PT), ministra da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República;
  • Luciana Santos (PCdoB), ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação;
  • Sidônio Palmeira, ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República;
  • Edinho Silva (PT), presidente do partido;
  • João Campos (PSB), prefeito de Recife e presidente do partido;
  • Taliria Petrone (Psol), deputada federal e líder do partido na Câmara;
  • Paulo Lamarc, presidente da Rede Sustentabilidade.

O evento, que vai até 19 de outubro, reúne cerca de 600 delegados e deve reconduzir Luciana Santos à presidência do PCdoB. O partido também presta homenagem às vítimas da ditadura militar, lembrando que foi uma das legendas mais perseguidas pelo regime iniciado em 1964.

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