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Lula foi "grande general" de esquema de corrupção da Petrobras, diz MPF ao denunciar ex-presidente

Publicado 14.09.2016, 19:54
© Reuters. Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante encontro do PT em São Paulo
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Por Sérgio Spagnuolo

CURITIBA (Reuters) - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi o "grande general" do esquema de corrupção na Petrobras (SA:PETR4), disse nesta quarta-feira o coordenador da força-tarefa da operação Lava Jato, o procurador da República Deltan Dallagnol.

O procurador apresentou denúncia à Justiça contra Lula e mais sete pessoas, entre elas a ex-primeira-dama Marisa Letícia Lula da Silva. O Ministério Público Federal (MPF) acusa Lula dos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro.

Dallagnol afirmou que o ex-presidente recebeu mais de 3,7 milhões de reais em propina no esquema de corrupção na estatal, mas não comentou sobre eventual pedido de prisão do ex-presidente. Uma fonte que teve acesso à denúncia, no entanto, disse não ter visto pedido de prisão na peça acusatória.

O procurador afirmou que Lula foi o responsável pela nomeação de diretores da Petrobras que atendiam às necessidades arrecadatórias de PT, PP e PMDB.

"Sem o poder de decisão de Lula esse esquema seria impossível", disse Dallagnol em entrevista coletiva em Curitiba. "O Petrolão era parte de um esquema de governabilidade corrompida", acrescentou. "Lula era o elo comum e necessário entre o esquema partidário e o esquema de governo."

Em comunicado, os advogados de Lula disseram que a denúncia apresentada nesta quarta-feira contra o ex-presidente tem motivação política e visa impedir que Lula seja novamente candidato à Presidência em 2018.

"O MPF elegeu Lula como 'maestro de uma organização criminosa', mas 'esqueceu' do principal: a apresentação de provas dos crimes imputados", disseram os advogados em nota, acrescentando que Lula e a ex-primeira-dama repudiam veementemente a denúncia.

A denúncia contra Lula envolve o suposto recebimento de propina pelo ex-presidente nos contratos firmados pela Petrobras para a construção das refinarias Repar, no Paraná, e Renest, em Pernambuco.

Aponta ainda que Lula é o proprietário oculto de um apartamento tríplex no Guarujá, litoral de São Paulo, e que teria recebido vantagens indevidas do ex-presidente da construtora OAS José Aldemário Pinheiro Filho, conhecido como Léo Pinheiro, na forma de pagamento de reformas e aquisição de móveis e eletrodomésticos no imóvel. Lula nega ser dono do tríplex.

"VÉRTICE COMUM"

Na entrevista coletiva, Dallagnol disse que Lula foi o "vértice comum" de vários esquemas de corrupção existentes em diversos órgãos do governo. O procurador afirmou que esquemas similares ao que existiu na Petrobras já foram detectados em outras estatais em ministérios, casos da Eletrobras (SA:ELET3), Caixa Econômica Federal e as pastas do Planejamento e da Saúde.

"O fato de Lula ser o único vértice comum de vários esquemas de corrupção desenvolvidos em vários órgãos do governo, mostra que ele era o comandante", disse Dallagnol.

"Esse esquema não estava restrito à Petrobras. Esse esquema envolvia não só a Petrobras, mas também a Eletrobras. Esse esquema também envolvia o Ministério do Planejamento", disse. "As investigações continuam alcançando outros órgãos públicos."

No início da apresentação sobre a denúncia, o procurador afirmou que a atuação da Lava Jato é "técnica, imparcial, apartidária e feita por agentes públicos comprometidos".

Ele disse ainda que não está em discussão na apresentação da denúncia a pessoa de Lula e o que ele fez como presidente pelo país, mas sim a apuração de crimes que teriam sido cometidos pelo ex-presidente.

© Reuters. Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante encontro do PT em São Paulo

A denúncia será analisada pelo juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba e responsável pelas ações da Lava Jato em primeira instância.

(Reportagem adicional de Eduardo Simões e Natália Scalzaretto em São Paulo)

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