😎 Promoção de meio de ano - Até 50% de desconto em ações selecionadas por IA no InvestingProGARANTA JÁ SUA OFERTA

Meta de primário de 2015 será "muito difícil" e, sem CPMF, alvo de 2016 não fecha, diz fonte da equipe econômica

Publicado 28.08.2015, 21:27
© Reuters.  Meta de primário de 2015 será "muito difícil" e, sem CPMF, alvo de 2016 não fecha, diz fonte da equipe econômica

Por Luciana Otoni e Alonso Soto

BRASÍLIA (Reuters) - O cumprimento da nova meta de superávit primário de 2015 está "muito difícil" e, sem a volta da cobrança da CPMF, o governo não atingirá o alvo fiscal de 2016, disse à Reuters uma importante fonte da equipe econômica nesta sexta-feira, acrescentando que no próximo ano o governo não fará novos investimentos diante da forte restrição orçamentária, em meio à recessão econômica.

"É muito difícil (cumprir a meta de primário deste ano)", disse a fonte, que pediu anonimato.

Segundo ele, mesmo após vários aumentos de tributos e cortes severos na despesa, o governo não está conseguindo reverter o déficit primário. A meta para a economia feita para pagamento de juros da dívida deste ano foi reduzida em julho a 8,747 bilhões de reais, equivalente a 0,15 por cento do Produto Interno Bruto (PIB). Ainda que com um duro ajuste fiscal em curso, em 12 meses encerrados em julho, o rombo primário estava negativo em 0,89 por cento do PIB.

Colocando que a queda na arrecadação pela recessão econômica vai afetar também os resultados de 2016, a fonte disse que sem a volta da cobrança da CPMF, o governo não vai atingir a meta de superávit primário de 2016.

"Sem a CPMF não há condição de cumprir a meta em 2016".

O alvo fiscal de 2016 que constará na proposta de lei orçamentária a ser apresentada na segunda-feira para o próximo ano é de 0,7 por cento do PIB, como o governo já havia anunciado antes.

A fonte disse que o governo enviará ao Congresso a proposta de recriação do tributo incidente sobre a movimentação financeira com alíquota de 0,38 por cento e que o tributo terá prazo definido, mas não informou qual.

Na visão da fonte, o Orçamento apertado para o próximo ano vai vencer as resistências das lideranças políticas contrárias à volta do tributo. "Na hora que os números do Orçamento forem colocados, todo mundo vai entender que o governo está fazendo um enorme esforço de contenção de despesa."

Nas contas do governo, a contribuição tem potencial para render receita estimada em 68 bilhões de reais no próximo ano somente para a União, e outros 8 bilhões de reais para Estados e municípios.

Fornecendo a espinha dorsal da proposta orçamentária que será apresentada na segunda, ele disse que haverá duro corte na despesa discrionária, da ordem de 3 por cento, e que a ordem é não iniciar novos investimentos em infraestrutura.

"A ordem é pagar, terminar o que está em andamento e não começar nada novo. Essa é a linha da despesa que trabalhamos no Orçamento de 2016", afirmou.

Segundo ele, o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) terá verba de 40 bilhões de reais para concluir obras já em andamento.

Programas em geral serão cortados, incluindo programas educacionais como Pronatec e Brasil sem Fronteiras. O programa de banda larga não será lançado em 2016 por falta de recursos.

"Junto com CPMF vem uma série de cortes de despesas duríssimas, duríssimas", adiantou.

O investimento é um dos fatores que está empurrando a economia brasileira para a recessão. Entre abril e junho, o PIB brasileiro encolheu 1,9 por cento sobre os três meses anteriores e caiu 2,6 por cento na comparação anual, no pior desempenho desde o início de 2009, auge da crise financeira global.

No período, a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), uma medida de investimentos, despencou 8,1 por cento no segundo trimestre ante o período anterior, também o pior desempenho desde o primeiro trimestre de 2009.

A fonte disse que espera por crescimento no último trimestre deste ano. "Mas será crescimento perto de zero."

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.