O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) disse, nesta 3ª feira (9.jan.2024), que “não houve tentativa de golpe” de Estado durante os atos extremistas do 8 de Janeiro, mas sim um “oportunismo escroto para prejudicar” o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), por parte da grande mídia. Em 2023, apoiadores do ex-chefe do Executivo invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes.
“O esforço colossal da grande mídia para nada”, declarou o filho 01 de Bolsonaro em seu perfil no X (ex-Twitter). Ele compartilhou uma reportagem do Poder360 sobre o levantamento da AtlasIntel indicando que só 18,8% dos entrevistados afirmaram acreditar que o golpe era a principal motivação dos atos. O resultado da pesquisa de opinião destoa da abordagem dada por autoridades na cerimônia que relembrou o episódio no Congresso Nacional.
Flávio declarou que as “redes sociais venceram a grande mídia” e por isso, segundo o senador, há o “tesão para censurá-las”.
No evento do 1º aniversário dos atos do 8 de Janeiro, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e o presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), ministro Alexandre de Moraes, usaram seus discursos para defender uma responsabilização das plataformas sociais pelo episódio que alimentou a polarização política no país.
As declarações dão pistas do que deve ser uma das prioridades do Planalto e do STF (Supremo Tribunal Federal) neste início de 2024: avançar com a regulamentação das redes sociais. A pauta está travada no Congresso desde que o relator do PL das fake news na Câmara dos Deputados, deputado Orlando Silva (PC do B-SP), pediu a retirada do texto de pauta, em 2 de maio de 2023, por não ter apoio suficiente para sua aprovação.
