🔥Ações selecionadas por IA com InvestingPro Agora com até 50% de descontoGARANTA JÁ SUA OFERTA

Anvisa abrirá consulta pública sobre cigarros eletrônicos

Publicado 26.10.2023, 10:29
Anvisa abrirá consulta pública sobre cigarros eletrônicos

O diretor-presidente da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), Antônio Barra Torres, disse que o órgão regulador vai abrir uma consulta pública ainda neste ano sobre cigarros eletrônicos. A medida é parte do processo de revisão das decisões da agência sobre os dispositivos.

“Temos os nossos prazos e nosso ritmo, que é sempre o mais rápido possível em favor do interesse público. Nosso próximo passo é colocar em consulta pública”, disse Torres em entrevista ao jornal O Globo publicada nesta 5ª feira (26.out.2023).

Ele ressaltou que “a consulta deve ter um prazo que permita uma manifestação bem ampla, não um prazo curto”. Disse que “o ideal” seria concluir essa etapa até o final deste ano.

Paralelamente, um projeto de lei para a regulamentação de cigarros eletrônicos foi apresentado no Senado. Em audiência pública realizada em 28 de setembro na Comissão de Assuntos Sociais, defensores do produto afirmaram que a proibição do uso aumenta o risco de consumo e defenderam sua regulamentação. Já os contrários à medida argumentam que o cigarro eletrônico aumenta o risco de a pessoa experimentar um cigarro comum e ressaltam os prejuízos à saúde.

O presidente da Anvisa disse que os trabalhos realizados no Senado não vão acelerar o prazo da análise feita pela agência. “As ações acontecem, mas elas não podem influenciar o trabalho que é pautado na ciência. Nós tivemos exemplos de quanto é importante resistir a pressões não pautadas na ciência. Quando morriam 4.000 pessoas por dia na pandemia, não deixamos de receber pressões. Estamos bem resilientes”, afirmou.

Torres ressaltou na entrevista que os cigarros eletrônicos são proibidos no Brasil desde 2009. “O que a agência está fazendo é revisar, atualizar seus próprios atos. O mundo é dinâmico, estamos sempre vendo se precisamos acrescentar ou cancelar alguma coisa em função da atualidade”, explicou.

A deliberação mais recente da agência é de julho de 2022. Em votação unânime, a diretoria do órgão decidiu manter a proibição da venda dos produtos.

Leia outros assuntos da entrevista:

  • OZEMPIC – “O Ozempic é foco da nossa atenção. Monitoramos o uso do que aprovamos aqui. Entretanto, o que é aprovado por nós é a indicação de bula. Na prática médica do Brasil, o uso fora da bula é aceito nos conselhos de classe, que são as grandes autoridades nessa questão. […] Não temos uma atuação sobre a prescrição fora da bula”, explicou.

    O Ozempic é um medicamento produzido para tratar diabetes, mas tem sido amplamente usado para o emagrecimento;

  • CANNABIS MEDICINAL – Em julho, a Anvisa reforçou a proibição à importação de cannabis in natura, flores e outras partes da planta sob o argumento de que a comercialização do produto tem um “alto potencial de desvio para fins ilícitos”.

    Segundo o presidente da agência, “a importação de partes da flor não estava autorizada desde o início, mas identificamos que era preciso explicitar. O objetivo era autorizar os produtos feitos através dela, no processo industrial”. Torres disse que a agência recebeu notificação de que estavam chegando flores de maconha ao Brasil, mas o uso dado não foi informado;

  • RECOMPOSIÇÃO DE FUNCIONÁRIOS – “Nós tínhamos 120 vagas autorizadas para esse ano, fomos contemplados com 50 vagas de nível superior, que não resolvem o problema. As 120 não resolveriam também. Nós estamos nessa interlocução com o governo”;
  • INSPEÇÃO DA OMS (Organização Mundial da Saúde) – citou a inspeção como prioridade da Anvisa em 2024: “Caso o Brasil seja aprovado, a Anvisa será elevada à categoria 4 das autoridades regulatórias, que é o nível máximo. Aqueles itens regulados pela Anvisa, como medicamentos que forem aprovados, não precisarão de nenhuma outra avaliação para serem incluídos nos programas da OMS”.

Leia mais em Poder360

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.