Políticos reagiram nesta 2ª feira (23.out.2023) à exposição “O Grito”, exibida ao público na Caixa Cultural, em Brasília. A mostra continha uma imagem em que o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), aparecia dentro de uma lata de lixo envolta com a bandeira do Brasil. Junto com ele, dentro da lata, estão a senadora Damares Alves (Republicanos-DF) e o ex-ministro da Economia Paulo Guedes. Depois de repercutir negativamente, a exposição foi cancelada pela Caixa.
A senadora Damares Alves (Republicanos-DF) afirmou em seu perfil no X (antigo Twitter) que fará nesta 2ª feira (23.out) um “requerimento solicitando informações detalhadas sobre os valores de investimento de recursos públicos nesta exposição”. Ela declarou que não vai “admitir dinheiro público em ações que visem ridicularizar a bandeira nacional e que afronte ao Estatuto da Criança e do Adolescente”. Por fim, questionou: “Isto é arte?”.
A exposição tem patrocínio da própria Caixa Econômica e do governo federal. Além de Lira, na mostra também há uma imagem do que parece ser o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), agachado, sem calças e defecando sobre a Bandeira do Brasil. Banco anunciou que decidiu suspender a exibição por identificar “manifestação com viés político” na peça, o que fere as diretrizes do banco estatal. O custo da mostra, paga com dinheiro público, não foi divulgado.
A deputada federal Bia Kicis (PL-DF) também disse que “a farra com dinheiro público para baixarias continua” e que “não bastou o evento do Batcu pelo Ministério da Saúde”. Ela chamou a exposição de “show de horrores” e afirmou que cobrará informações pela Comissão de Fiscalização Financeira e Controle.
O deputado Orlando Silva (PC do B-SP) declarou que é “hora de aproveitar” a falta de “problemas políticos” e que “o governo está com uma base bem sólida” na Câmara dos Deputados para “liberar toda a energia criativa e fruir as possibilidades estéticas”.