🍎 🍕 Menos maçãs, mais pizza 🤔 Já viu recentemente a carteira de Warren Buffett?Veja mais

Índice de abstenção é maior entre pobres e mobiliza campanha de Lula

Publicado 24.09.2022, 05:20
© Reuters.  Índice de abstenção é maior entre pobres e mobiliza campanha de Lula

Líder das pesquisas de intenção de voto e com chances de vencer a corrida pelo Palácio do Planalto no primeiro turno, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem apelado publicamente para que o eleitor não falte às urnas no dia 2 de outubro. A preocupação do petista diz respeito ao eleitorado mais pobre, que registra maior abstenção e que, majoritariamente, o apoia contra a reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL).

Mas há outra estatística que pode favorecer Lula: as mulheres se apresentam mais para votar. O cientista político e pesquisador Jairo Nicolau afirmou que, no primeiro turno de 2018, o porcentual de comparecimento feminino foi de 80,4% e o masculino, de 79,2%. Por outro lado, estudo feito por ele reafirma que pessoas de baixa renda tendem a faltar mais. "No caso de Lula, talvez uma coisa fique pela outra, mas é difícil saber", disse Nicolau, que não vê motivos para acreditar numa maior abstenção. "Devemos seguir o padrão de eleições anteriores, um pouco acima ou abaixo.

"Segundo o último Datafolha, Lula tem 49% entre as mulheres, ante 29% de Bolsonaro. Na camada mais pobre da população, que representa 51% do eleitorado, o petista é preferido por 57%, ante 24% que votam em Bolsonaro.

Na entrevista concedida ao Programa do Ratinho, do SBT, na quinta-feira (22), Lula pediu para que as pessoas compareçam às urnas. "Você que não gosta de ninguém, por favor, vá para a urna, vote, escolha quem você acredita que vai consertar esse País, mas vote. Se você não for votar, não vai poder cobrar nada de ninguém."

ECONOMIA

O professor de Ciência Política Emerson Urizzi Cervi, da UFPR, citou outros dados, além da participação feminina, que equilibram a conta a favor do ex-presidente. "Municípios pequenos têm menores taxas de abstenção e seus moradores tendem a apoiar Lula. Olhando a conjuntura política, eu diria que é possível termos neste ano até mesmo uma quebra na série histórica de alta gradual da abstenção."

Entre 2006 e 2018, o índice de pessoas que deixaram de votar passou de 16,7% para 20,3%.Uma das apostas de Cervi para uma mudança na curva é a atual crise econômica, marcada por inflação alta, queda de renda e desemprego. A superintendente da Fundação Tide Setúbal, a economista Mariana Almeida, ressaltou que a mulher, especialmente, sente mais a alta do preço da cesta básica, por exemplo, e a queda na qualidade de vida de sua família.

"Isso pode realmente gerar uma maior participação das pessoas que buscam melhora em seu dia a dia."

Cervi também leva em conta o nível de conhecimento dos candidatos desta eleição, polarizada entre um presidente e um ex-presidente. "Nunca tivemos isso. E, se eleitor normalmente decide de maneira retrospectiva, nesta eleição a comparação é mais direta. Não é à toa que as maiores taxas de brancos, nulos e indecisos está entre os mais jovens, que não viveram os dois governos."

Nicolau afirmou, ainda, que a biometria realizada pelo TSE nos últimos anos também pode reduzir o porcentual de abstenção. Segundo dados da Corte, mais de 118 milhões de eleitores poderão votar usando cadastro biométrico. Em 2018, foram 73,7 milhões. Ou seja, passou de 50% para 75%."Boa parte da abstenção que não é política se deve ao fato de os eleitores estarem fora de seu domicilio eleitoral. Isso tende a ser reduzido com a biometria, que recadastra os eleitores, fazendo uma limpa e tornando o cadastro mais real."

O professor de Direito da USP Renato Ribeiro destacou que mais de 2 milhões de jovens com menos de 18 anos tiraram o título de eleitor neste ano. "É um movimento que gera expectativa de maior participação", afirmou.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.