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Veja os principais pontos de cada depoimento no inquérito sobre golpe de estado

Publicado 16.03.2024, 08:44
© Reuters.  Veja os principais pontos de cada depoimento no inquérito sobre golpe de estado

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes derrubou o sigilo dos depoimentos feitos pelos envolvidos no inquérito que apura o planejamento de um golpe de Estado após as eleições de 2022. As oitivas foram realizadas com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros 26 investigados no final do mês passado.

Dos investigados, 13 decidiram falar durante os interrogatórios e outros 14 ficaram em silêncio. Os policiais buscaram coletar detalhes das reuniões entre Bolsonaro e os comandantes das Forças Armadas, onde foram apresentadas três versões de uma minuta golpista para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Os investigados também foram questionados sobre as táticas que foram utilizadas pela cúpula do governo anterior para questionar a lisura do processo eleitoral. A defesa de Bolsonaro não se manifestou sobre os depoimentos.

Marco Antonio Freire GomesChamado para depor como testemunha, o ex-comandante do Exército general Marco Antônio Freire Gomes disse aos investigadores que Bolsonaro se reuniu com os chefes das Forças Armadas para apresentar instrumentos jurídicos que permitiriam um golpe. Segundo o militar, o ex-presidente apresentou institutos como a GLO (Garantia da Lei e da Ordem) e decretos de estado de defesa e sítio.

Carlos Almeida Baptista JuniorO ex-comandante da Aeronáutica tenente-brigadeiro do ar Carlos Almeida Baptista Junior confirmou ter participado da reunião onde Bolsonaro apresentou as alternativas golpistas para permanecer no poder. Segundo o militar, ele se recusou a receber a minuta golpista e, em outro encontro, Bolsonaro sofreu uma ameaça de prisão por parte de Freire Gomes.

Valdemar Costa NetoO presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, afirmou aos investigadores da PF que foi pressionado por Bolsonaro e outros parlamentares da sigla a entrar com uma ação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para questionar o resultado das eleições. Segundo o dirigente partidário, "nunca foi apresentado nada consistente" que comprovasse fraudes no pleito.

Estevam Cals TheóphiloO ex-chefe do Comando de Operações Terrestres do Exército (Coter) general Estevam Cals Theóphilo admitiu que esteve no Palácio do Alvorada em três oportunidades após o segundo turno das eleições de 2022. Os investigadores acreditam que os encontros foram feitos para articular o plano golpista com oficiais das Forças Armadas. Durante a oitiva, Theophilo se calou quando foi questionado sobre mensagens que o implicam diretamente na tentativa de golpe.

Laércio VérgilioO coronel do da reserva do Exército Laércio Vérgilio disse em depoimento que a prisão de Moraes, que estava prevista na minuta de golpe apresentada a Bolsonaro, seria "necessária para a volta da normalidade institucional". O militar é apontado como o elaborador do plano de prender o magistrado.Bernardo Romão Corrêa Neto e Cleverson Ney MagalhãesO coronel Bernardo Romão Corrêa Neto e o tenente-coronel Cleverson Ney Magalhães também foram questionados sobre o plano para prender Moraes. Os dois negaram que se reuniram para articular o plano golpista. Segundo Cleverson, as reuniões militares feitas após o término do segundo turno das eleições tinham como pano de fundo as "confraternizações de fim de ano".

Bolsonaro e outros 13 aliadosBolsonaro e outros 13 aliados ficaram em silêncio durante os seus depoimentos. As defesas dos investigados justificaram que não tiveram acesso a todo o conteúdo da investigação.

Preso durante a deflagração da Operação Tempus Veritatis, o ex-assessor da Presidência para Assuntos Internacionais Filipe Garcia Martins respondeu apenas que não havia saído do País antes do término do mandato de Bolsonaro. A suposta fuga motivou a prisão de Martins, que é investigado por ter levado a minuta golpista que o ex-presidente apresentou para os comandantes das Forças Armadas.

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