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Ações americanas não devem subir sem retomada do crescimento, diz Morgan Stanley

Publicado 08.01.2024, 11:04
© Reuters.
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Investing.com - O diretor-chefe de estratégia de ações dos EUA do Morgan Stanley afirma que o desempenho das ações americanas em 2024 depende de uma retomada do crescimento econômico, com juros baixos.

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Os analistas do banco preveem um ano de altos e baixos, com as projeções sobre as principais variáveis macroeconômicas mudando, gerando um intervalo de negociação até que os cenários se definam. Por isso, recomendam aos investidores que expressem suas visões macro por meio de ações específicas, fatores e setores, em vez de se basearem em índices ponderados pela capitalização de mercado dos componentes.

Os analistas traçaram três cenários macroeconômicos possíveis para 2024, com uma distribuição de probabilidade equilibrada entre eles.

O cenário mais provável é um “pouso suave”, marcado por um crescimento real moderado e uma inflação em queda. Nesse caso, os riscos idiossincráticos das ações permanecem elevados, e uma mistura estratégica de crescimento defensivo e cíclicos deve ter um desempenho superior.

“Ações de crescimento com baixa volatilidade também devem se destacar. Mais especificamente, do ponto de vista de fator, esperamos que as ações de qualidade de large caps [empresas com grande capitalização de mercado] se saiam bem, com foco especial na estabilidade dos lucros e na eficiência operacional”, escreveram.

O segundo resultado potencial é um “pouso suave” com uma aceleração do crescimento nominal, influenciado pela recente postura mais flexível do Federal Reserve (Fed, banco central americano). Esse cenário poderia estimular o aumento dos gastos, dos investimentos de capital, das contratações e das fusões e aquisições.

Uma redução dos juros pode impulsionar a demanda por moradia, automóveis e bens duráveis. Esse caso otimista deve beneficiar small caps, cíclicos e setores sensíveis à economia, com valor superando crescimento.

O terceiro cenário é um “pouso forçado”, em que as chances de recessão, embora menores, ainda estão acima da média. Defensivos tradicionais devem ter um desempenho superior, com large caps superando small caps, e crescimento prevalecendo sobre valor nesse contexto adverso.

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RBC eleva preço-alvo do S&P 500 para o fim do ano

Já a RBC Capital Markets tem uma visão positiva de longo prazo para as ações americanas, mas admite que o início de 2024 pode ser turbulento.

Os analistas elevaram seu alvo para o S&P 500 no final de 2024 para 5.150 pontos, acima dos 5.000 pontos anteriores, o que implica um potencial de valorização de cerca de 10% em relação ao fechamento de sexta-feira do S&P 500.

"Como muitos estrategistas, subestimamos o S&P 500 em 2023", disseram em um blog semanal.

"O mercado de ações encerrou 2023 com um nível de avaliação que era razoável diante da economia mais forte do que o esperado e da inflação mais moderada, e esperamos que o mercado de ações tenha ganhos adicionais e um P/L de cerca de 23x em 2024, se a inflação continuar a cair e os juros recuarem um pouco mais, como prevê a maioria dos investidores."

Além do alvo revisado, os estrategistas aumentaram sua estimativa de LPA para 2024 para US$ 234, acima dos US$ 232 anteriores. Eles destacam que as ações podem permanecer mais caras do que muitos investidores acham.

"Mas achamos que para uma rotação em valor e small caps se manter, as projeções econômicas dos EUA precisam melhorar", disseram eles.

Os analistas reconhecem obstáculos, como o otimismo excessivo, a expectativa de uma economia fraca, a incerteza sobre a eleição presidencial de 2024 e a possibilidade de uma migração de ações dos EUA para outras regiões.

"Em média, o S&P 500 sobe cerca de 7,5% nos anos de eleição presidencial, abaixo da média e menos do que costumamos ver no 3º ano do ciclo presidencial. Essa estatística nos mostra que qualquer ano de eleição presidencial é uma fonte de incerteza para o mercado de ações dos EUA."

Além disso, esperam dificuldades para o trade de crescimento de large caps e dão vantagem ao valor e small caps no próximo ano.

"Continuamos vendo oportunidades em Small Caps, mas estamos preocupados com o quanto essa tese se tornou popular", finalizaram os analistas.

JPMorgan vê posicionamento “esticado” e mercados “otimistas demais”

Outro banco a emitir projeções para as ações americanas foi o JPMorgan, que tem uma visão cautelosa para os principais índices americanos, depois do rali de fim de 2023 que deixou o mercado “esticado”.

"Os mercados de ações estão agora em condições de sobrecompra, com o sentimento entrando em uma zona de complacência", disseram os estrategistas em um relatório.

Apesar dos juros mais baixos, do afrouxamento dos bancos centrais e do crescimento resistente, o perfil de risco-recompensa parece menos atrativo.

"Há um ano, os ativos de risco estavam totalmente descontando uma recessão, e os economistas concordavam unanimemente com isso. Agora, a situação é bem diferente, as chances de recessão estão atualmente perto dos mínimos históricos, e a maioria das projeções macroeconômicas são otimistas."

"Isto pode ser excessivamente otimista", acrescentaram os estrategistas.

Os estrategistas ressaltam a importância do trade de longa duração, mas esperam uma pausa tática, com possibilidade de realização de lucros no setor de tecnologia.

A análise aponta um ritmo de atividade mais fraco nos EUA e na Europa em relação ao ano passado.

Preocupações com a possibilidade de o Fed manter uma postura de "mais por mais tempo", enfraquecimento do poder de precificação das empresas e avaliações elevadas nos EUA pesam sobre a perspectiva de risco-recompensa.

O JPMorgan mantém uma posição neutra nos mercados dos EUA e emergentes, uma posição “abaixo da média” na Zona do Euro, posições “acima da média” no Japão e no Reino Unido e um foco na Suíça para alocação defensiva.

Os estrategistas manifestam uma preferência por setores defensivos, mantendo-se otimistas em energia, imóveis, utilidades, commodities, telecomunicações e saúde. O JPMorgan reafirmou uma posição neutra em tecnologia e mineração, enquanto se mantém “abaixo da média” em cíclicos, como automóveis, varejo, bens de capital, companhias aéreas, produtos químicos, bancos, semicondutores, hotéis e varejo de alimentos.

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