Investing.com - As ações da Suzano (SA:SUZB3) continuam se valorizando na tarde desta terça-feira (15) no Ibovespa, sendo um dos destaques positivos em um dia de queda na bolsa paulista. Os papéis da empresa de papel e celulose eram negociadas a R$ 41,62, alta de 6,72%.
Os fortes ganhos são desdobramentos da conclusão, ontem, da última etapa da fusão com a Fibria. A Suzano informou que realizou o pagamento de R$ 27,8 bilhões aos acionistas da Fibria (SA:FIBR3), que agora passam a deter participação na companhia.
As duas companhias passam, com isso, a ser uma gigante global do setor, com capacidade de produção de 11 milhões de toneladas celulose e de 1,4 milhão de toneladas de papel por ano. Agora, o grupo conta com 11 fábricas no país e um total de 37 mil funcionários diretos e indiretos. As exportações são de R$ 26 bilhões por ano e estará presente em mais de 80 países.
Em termos de valores, a fusão entre a Fibria e a Suzano foi a maior realizada em 2018, com o negócio sendo avaliado em US$ 14,5 bilhões, superando os termos da operação de joint-venture entre a Embraer (SA:EMBR3) e Boeing.
BTG) recomenda compra
O banco de investimentos avalia que as ações da Suzano seguem sendo as preferidas dentro do setor, destacando que os papéis ainda estão subavaliados e com os investidores não calculando os benefícios do negócio com a Fibria, como sinergia e consolidação. A equipe do banco reiterou a recomendação de compra com preço-alvo de R$ 65,00.
Para os analistas, embora existam alguns riscos negativos para investimento, a Suzano é negociada com 4,2x EBITDA 19 e 18% de FCF. Em uma base mensal, a empresa ainda estaria gerando um rendimento FCF acima de 10%, o que é um bom augúrio para a chamada de desalavancagem.