Por Gabriel Codas
Investing.com - A jornada desta terça-feira é mais uma marcada por perdas expressivas para as companhias aéreas, com a renovação da preocupação dos investidores com a possível volta do fechamento das economias em uma nova onda da covid-19. Além disso, o Bradesco BBI reduziu a recomendação das ações da Azul (SA:AZUL4) para Neutro.
Por volta das 14h10, os ativos da Azul perdiam 5,2% a R$ 24,60, oscilando entre R$ 23,38 e R$ 26,23, com R$ 306,93 milhões de volume negociado, liderando as perdas do Ibovespa. Em seguida, vinha as perdas dos papéis da Gol (SA:GOLL4), com baixa 4,01% a R$ 16,77, variando entre R$ 16,60 e R$ 17,62, com R$ 131,34 milhões de volume negociado. O Ibovespa recuava 0,93% a 93.789 pontos.
Os analistas vêem limitado espaço para aumento nos preços das passagens, depois que a ação se recuperou 66% desde meados de março fundamenta a atualização. A equipe estima o papel operando a um múltiplo de 8,6 vezes EV(Valor da empresa)/Ebitda, o que representa uma patamar 23% acima do seu múltiplo histórico.
Para a equipe, só será observada a alta nos preços com uma recuperação mais rápida da demanda por voos. Assim, o preço-alvo par ao final do próximo ano é de R$ 27 e de R$ 23 para 2020.
A estimativa do Ebitda foi reduzida em 38% em 2020 e 5% em 2021.
O relatório aponta ainda que, quando uma vacina contra Covid-19 estiver amplamente disponível, pode ocorrer uma recuperação mais rápida da demanda, o que poderia elevar o valuation da Azul para R$ 40. Caso isso venha a acontecer, a estimativa para o Ebitda em 2021 e 2022 seria ampliada em 16% e 18%, respectivamente.
No entanto, o preço-alvo cairia para R$ 15 em um cenário de segunda onda de Covid-19 no Brasil.