BENGALURU, Índia (Reuters) - A Comissão Federal de Comércio dos Estados Unidos (FTC)provavelmente entrará com uma ação para bloquear a compra da Activision pela Microsoft (NASDAQ:MSFT) por 69 bilhões de dólares, publicou o site Politico citando fontes com conhecimento do assunto.
Um processo que conteste o acordo não está garantido e os quatro comissários da FTC ainda não se reuniram com os advogados das empresas, disse o site, acrescentando que a equipe da FTC que revisou o acordo está cética em relação aos argumentos das empresas.
A FTC não respondeu imediatamente aos pedidos de comentários da Reuters.
"Estamos empenhados em continuar a trabalhar em cooperação com os reguladores de todo o mundo para permitir que a transação prossiga, mas não hesitaremos em lutar para defender a transação, se necessário", disse um porta-voz da Activision Blizzard. Qualquer sugestão de que o negócio possa levar a efeitos anticompetitivos é "completamente absurda", acrescentou o porta-voz.
A Microsoft, fabricante do console Xbox, anunciou em janeiro o acordo para comprar a Activision, produtora dos games "Call of Duty" e "Candy Crush", no maior negócio da história do setor.
A Microsoft está apostando na aquisição para ajudá-la a competir melhor com as líderes Tencent e Sony (NYSE:SONY).
O acordo também está enfrentando inquérito fora dos EUA. A União Europeia abriu uma investigação em grande escala no início deste mês. O fiscal da concorrência da UE disse que decidirá até 23 de março do próximo ano se vai autorizar ou bloquear o acordo.
A aquisição pode prejudicar a indústria se a Microsoft se recusar a dar aos rivais acesso aos jogos mais vendidos da Activision, disse o regulador antitruste da Grã-Bretanha.
O acordo atraiu críticas da Sony, fabricante do console PlayStation, citando o controle da Microsoft sobre jogos como "Call of Duty".
"A Sony, como líder do setor, diz que está preocupada com 'Call of Duty', mas dissemos que estamos comprometidos em disponibilizar o mesmo jogo no mesmo dia no Xbox e no PlayStation", disse o presidente da Microsoft, Brad Smith.
(Por Tiyashi Dattaa e Mrinmay Dey)