Investing.com - Os analistas de Wall Street teceram comentários positivos sobre o anúncio feito ontem pela Apple (NASDAQ:AAPL), relacionado a uma nova parceria com a Broadcom (NASDAQ:AVGO).
As duas companhias divulgaram um acordo bilionário que envolve a aquisição, por parte da gigante da tecnologia, de componentes de frequência de rádio 5G fabricados pela Broadcom, inclusive filtros FBAR.
"Estamos entusiasmados em poder promover a criatividade e o espírito inovador da indústria americana", declarou Tim Cook, CEO da Apple.
Os analistas da CFRA elevaram o preço-alvo da AVGO para US$ 750 por ação após ajustar o P/L de modo a refletir o acordo com a Apple.
"Vemos de forma positiva essa extensão, em vista das recentes iniciativas da AAPL de buscar internamente mais chips, bem como os rumores no início deste ano de que alguns chips da AVGO poderiam ser substituídos (em 2025). Também observamos que a AAPL é o maior cliente da AVGO, representando cerca de 20% das vendas no último ano", destacaram em nota aos clientes.
"Valorizamos a história da AVGO, especialmente diante das oportunidades que estão surgindo na nuvem, especificamente em relação às suas iniciativas de inteligência artificial - tanto no aspecto da conectividade de rede quanto como codesenvolvedora de chips específicos para aplicativos (por exemplo, os TPUs da Alphabet (NASDAQ:GOOGL)). Apesar da incerteza em torno do acordo pendente com a VMware, acreditamos que as ações têm potencial de valorização, independente da concretização ou não do acordo."
Na mesma linha, os analistas do Bank of America (NYSE:BAC) também subiram a meta de preço das ações da AVGO para US$ 800, com recomendação de compra. Os analistas argumentam que o contrato com a Apple elimina "principais preocupações em relação às tendências do maior cliente".
"Reiteramos a recomendação de compra para a AVGO com base nessa maior certeza e em sua posição altamente subestimada como um dos principais fornecedores de chips personalizados para IA e comutação", afirmaram em nota.
Os analistas também acrescentaram que a Broadcom é a "beneficiária de IA mais subestimada".