Investing.com – Os preços do ouro apresentaram alta nesta quarta-feira, após terem atingido uma baixa de quatro meses no início do dia, uma vez que os investidores voltaram sua atenção à divulgação da ata da mais recente reunião de política monetária do Banco Central dos EUA (Fed) que deve ocorrer até o final da sessão.
Os investidores também continuaram acompanhando a evolução em torno crise da dívida da Grécia e as crescentes perdas nos mercados de ações da China.
Os futuros de ouro com vencimento em agosto na divisão Comex da Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), atingiram uma baixa da sessão de US$ 1.146,20 por onça-troy, um nível não visto desde 18 de março, antes de serem negociados a US$ 1.154,20 nas negociações norte-americanas da manhã, uma alta de US$ 1,60 ou 0,16%.
Um dia antes, ouro caiu US$ 20,60, ou 1,76%, sendo negociado em US$ 1.152,60. Espera-se que os futuros de ouro encontrem apoio em US$ 1.312,10 por onça, a baixa de 17 de julho, e resistência em US$ 1.358,90, a alta de 7 de março.
Também na Comex, os futuros de prata com vencimento em setembro caíram 6,2 centavos, ou 0,41%, para US$ 14,90 por onça-troy. Na terça-feira, a prata caiu US$ 14,62, o nível mais fraco desde 1 de dezembro.
Os investidores estão aguardando a ata da reunião de junho nesta quarta-feira para mais indicações sobre o momento de um aumento das taxas nos EUA.
Os preços do ouro enfraqueceram nas últimas semanas, meio a indicações de que a economia norte-americana está recuperando a força, após uma recente fraqueza, apoiando o caso para o aumento das taxas de juros mais até o final deste ano.
Enquanto isso, a Grécia solicitou formalmente um resgate de três anos para o Mecanismo Europeu de Estabilidade, o fundo de resgate permanente da zona do euro, nesta quarta-feira.
Em uma cúpula emergencial da zona do euro em Bruxelas na terça-feira à noite, os líderes europeus deram a Atenas um prazo de cinco dias para apresentar um pacote detalhado de reformas aos credores internacionais em troca de um resgate.
A incapacidade de alcançar um acordo aumentaria a probabilidade de a Grécia deixar a união da moeda única.
A incerteza com a Grécia até agora não conseguiu estimular o aumento da demanda dos investidores por ouro, muitas vezes percebido como um ativo de porto-seguro.
Nas negociações de metais, o cobre com vencimento em setembro foi negociado em US$ 2,384 por libra, um nível não visto desde julho de 2009, antes de ser negociado a US$ 2,437 durante as negociações da manhã em Nova York, caindo 1,0 centavo, ou 0,4%.
Um dia antes, o cobre caiu 9,1 centavos, ou 3,61%, sendo negociado em US$ 2,446, uma vez que as preocupações com a crise da dívida da Grécia e as crescentes perdas dos mercados de ações da China pesaram.
Nesta quarta-feira, as ações na China despencaram ainda mais, apesar de novos esforços por parte do governo para acalmar o mercado.
O Shanghai Composite caiu quase 6% nas negociações voláteis desta quarta-feira, após ter recuado quase 8% logo após a abertura, com as negociações de mais de 500 empresas listadas nas bolsas de Shenzhen e Shangai suspensas. O índice apresentou queda de quase 37% nas últimas quatro semanas.
Os participantes do mercado estão preocupados com que a queda no mercado de ações se espalhe para outras partes da economia, provocando temores de que a demanda da nação pelo metal industrial caia.
A China é o maior consumidor mundial de cobre, respondendo por quase 40% do consumo mundial no ano passado.