ABUJA (Reuters) - O governo da Nigéria foi procurado por um grupo que diz ser uma facção do islâmico Boko Haram, trazendo uma oferta para realizar conversas de paz, disse um porta-voz do presidente nigeriano, Muhammadu Buhari, nesta segunda-feira.
Suspeita-se que membros do grupo militante tenham matado mais de 600 pessoas no país mais populoso da África em uma série de atentados a bomba e tiroteios desde que Buhari assumiu a Presidência em 29 de maio, de acordo com pesquisa da Reuters.
Esforços para se chegar a um acordo e encerrar a violência, incluindo as conversas patrocinadas pelo Chade em 2014, repetidamente falharam durante a insurgência de anos travada pelo grupo em sua tentativa de estabelecer um Estado no nordeste nigeriano para implementar rígidas leis islâmicas.
"Uma facção do grupo Boko Haram veio à tona alegando ter um mandato para negociar com o governo", disse o porta-voz presidencial, Garba Shehu, acrescentando que esforços estavam sendo realizados para "verificar as alegações" se possuem tal autoridade.
A administração de Buhari havia dito anteriormente não ser contra negociações com o grupo, que já matou milhares e forçou o deslocamento de 1,5 milhão de pessoas durante sua insurgência.
(Reportagem de Felix Onuah)