CARACAS (Reuters) - Um líder local da oposição venezuelana foi morto a tiros durante um comício político na quarta-feira, informou o partido do oposicionista, dias antes de uma eleição legislativa que está elevando a tensão no país politicamente polarizado.
Homens armados em um veículo dispararam contra Luis Díaz, chefe do partido Ação Democrática na cidade de Altagracia de Orituco, no centro da Venezuela, quando ele participava de uma reunião com moradores locais, disse o líder nacional da legenda.
"Ele acaba de ser assassinado por arma de fogo", disse Henry Ramos no Twitter, acrescentando que Díaz estava dividindo o palco no momento com Lilian Tintori, esposa do mais conhecido líder da oposição preso na Venezuela, Leopoldo López.
A Ação Democrática faz parte da coalizão oposicionista Unidade Democrática, prestes a disputar uma eleição em 6 de dezembro para eleger a nova Assembleia Nacional da Venezuela.
Pesquisas mostram que a coalizão tem uma boa chance de tirar a maioria dos socialistas pela primeira vez em 16 anos, o que tem levantado temores de conflito em um país onde a política é motivo de enfrentamentos.
Não houve confirmação imediata do incidente em Altagracia por parte das autoridades venezuelanas.
Ramos culpou seguidores do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) pelo assassinato, sem apresentar provas. Não houve resposta imediata do partido.
Tintori, que está em uma turnê nacional denunciando abusos contra os direitos civis e divulgando o caso de seu marido, disse que iria dar mais detalhes nesta quinta-feira sobre o "terror, o assédio e a violência que sofremos do regime".
"Hoje, eu sofri dois ataques", disse ela no Twitter. "Nossas condolências à família Díaz."
(Reportagem de Eyanir Chinea e Andrew Cawthorne)