Investing.com - Os contratos futuros de petróleo cederam novamente nesta terça-feira e bateram na mínima de mais de dois meses. O barril do WTI negociado em Nova York recuou 1,1% para US$ 45,42, enquanto o Brent, em Londres, cedeu 0,6% e é vendido a US$ 46,65.
Os investidores olham com receio para uma possível retomada da exploração de petróleo nos Estados Unidos em meio a um aumento das dúvidas em relação à demanda futura da commodity.
Nos últimos dois anos, o número de sondas de exploração em atividade nos EUA caiu de 1.600 unidades para 316, no início de junho. Essa forte redução deu sequência a queda na produção do país, com a pouca reposição de novos poços produtores para repor o declínio dos demais campos.
Essa redução da extração nos EUA de cerca de 1,5 milhão de barris/dia ajudou na redução da sobreoferta do mercado global de petróleo, que provocou a redução dos preços em dois anos de mais de US$ 100/b para os US$ 26/b em meados de fevereiro.
Nas últimas semanas, contudo, aumento o número de sondas em atividade provocou o receio de que haja uma reversão na tendência de queda da produção norte-americana, colocando pressão sobre os preços.
Esse possível aumento na produção vem em um momento de estoques de petróleo em níveis recordes nos EUA. A presença de grande quantidade da commodity estocada é outro fator de pressão sobre a cotação do barril do petróleo.
Do lado da demanda, a dúvida em relação ao crescimento da Europa pós-Brexit distancia a previsão em relação ao equilíbrio com a oferta, prevista por alguns analistas para ocorrer entre o final deste ano e o início de 2017.