Investing.com - Confira as cinco principais notícias desta terça-feira, 31 de outubro, sobre os mercados financeiros:
1. Bolsas globais desiguais; foco em bancos centrais, dados e resultados
O rali de bolsas de todo o mundo apresentava sinais de desaceleração, levando ao menos uma pausa momentânea ao forte desempenho desse mês, já que investidores assimilavam uma série de notícias sobre bancos centrais enquanto continuavam a monitorar um novo lote de dados e resultados corporativos.
Mercados do Pacífico Asiático fecharam desiguais, já que os investidores na região assimilavam a divulgação da decisão do Banco do Japão sobre taxas de juros e o índice oficial da atividade dos gestores de compras na China.
Entre os destaques notáveis, o Nikkei do Japão reduziu as perdas no final do pregão e fechou a sessão quase inalterado após o banco central do país afirmar que manteria suas medidas de dinheiro fácil. Já na Coreia do Sul, o KOSPI encerrou em máxima recorde, impulsionado por fortes resultados da Samsung (KS:005930) Contudo, as bolsas chinesas oscilaram após dados mostrarem uma desaceleração mais forte do que o esperado no crescimento das indústrias em outubro.
Na Europa, as bolsas permaneciam na máxima de cinco meses, sustentadas por um salto em ações da empresa petrolífera BP (LON:BP), que anunciou resultados animadores e também um programa de recompra de ações, mas as negociações estavam bem calmas uma vez que o mercado acionário alemão estava fechado devido a um feriado.
Em Wall Street, as bolsas norte-americanas apontavam para uma abertura em alta pois os investidores aguardavam importantes relatórios de resultados para estabelecerem o tom dos mercados. Na segunda-feira, Wall Street fechou em baixa devido a notícias de que legisladores norte-americanos estão discutindo uma implementação gradual dos cortes tão esperados de impostos.
2. Início da reunião de dois dias do Federal Reserve sobre política monetária
O Federal Reserve dará início hoje à sua reunião de dois dias de política monetária, na qual se espera não haver qualquer ação sobre as taxas de juros, embora possa haver sinais de que haverá um aumento de juros amplamente esperado em dezembro.
A reunião de política monetária ocorre poucos dias antes do presidente Donald Trump nomear um novo presidente do Fed na quinta-feira para substituir Janet Yellen quando seu mandato terminar em fevereiro, com fontes afirmando que sua escolha será Jerome Powell, atual diretor do Fed.
Powell é visto como mais pacífico em termos de política monetária que outros concorrentes ao cargo, especialmente ao se comparar com John Taylor, economista da Universidade de Stanford, que é considerado outro principal concorrente ao cargo.
Além do Fed, há um lote de dados no calendário econômico de hoje, incluindo o índice do custo do emprego às 10h30, o índice de preços de imóveis S&P Case/Schiller às 11h00, o PMI de Chicago às 11h45 e o índice de confiança do consumidor CB ao meio-dia.
O índice dólar, que mede a força da moeda frente a uma cesta ponderada de seis principais divisas, estava em leve alta enquanto os rendimentos de títulos do Tesouro subiam.
Investidores estavam mais cautelosos após notícias de que investigadores analisando a interferência russa nas eleições norte-americanas indiciaram um ex-gestor de campanha do presidente Donald Trump e após informações de que os cortes de impostos planejados poderiam ser implementados gradualmente.
3. Metade da temporada de resultados dos EUA já se passou
Cerca de 55% das empresas constituintes do S&P 500 divulgaram resultados financeiros até a manhã de hoje, com 74% delas superando estimativas de lucros ao passo que 66% superaram estimativas de vendas, conforme a Thomson Reuters I/B/E/S.
O lote de resultados corporativos a serem divulgados hoje inclui Mastercard (NYSE:MA), Pfizer (NYSE:PFE), Under Armour (NYSE:UA), Shopify (NYSE:SHOP), AK Steel (NYSE:AKS), Cummins (NYSE:CMI), Aetna (NYSE:AET) e Lumber Liquidators (NYSE:LL) antes da abertura.
Após o fechamento, EA Sports (NASDAQ:EA), US Steel e Anadarko Petroleum (NYSE:APC) são alguns dos nomes em pauta.
4. Executivos do Facebook, do Twitter e do Google vão ao Capitólio
Executivos do Facebook (NASDAQ:FB), do Twitter (NYSE:TWTR) e do Google, cuja matriz é a Alphabet (NASDAQ:GOOGL), irão prestar declarações perante uma subcomissão judiciária do Senado sobre alegações de interferência russa nas eleições presidenciais dos EUA em 2016.
Colin Stretch, principal advogado do Facebook, Sean Edgett, principal advogado do Twitter em exercício, e Richard Salgado, diretor de execução legal e segurança da informação do Google, estão entre as testemunhas na audiência que deverá discutir a desinformação russa.
Na segunda-feira, o Facebook afirmou que operadores com base na Rússia fizeram cerca de 80.000 publicações na rede social durante um período de dois anos e que cerca de 126 milhões de norte-americanos podem ter visto essas publicações durante este tempo.
Separadamente, o Twitter encontrou 2.752 contas ligadas a operadores russos. Essa estimativa é maior do que o total de 201 contas informadas pelo Twitter em setembro.
O governo russo negou qualquer tentativa de influenciar as eleições, nas quais o presidente Donald Trump, republicano, derrotou a democrata Hillary Clinton.
5. Inflação fraca da zona do euro sustenta redução lenta do BCE
A inflação na zona do euro desacelerou mais do que o esperado em outubro, permanecendo bem abaixo da meta do Banco Central Europeu, conforme alguns dados demostraram, dando sustentação à decisão do banco central de retirar gradualmente o estímulo monetário.
Os preços ao consumidor subiram 1,4% neste mês, afirmou o escritório de estatísticas da União Europeia. Esse aumento ficou abaixo das expectativas de 1,5% e se compara à leitura final de 1,5% de aumento no mês anterior.
Em um novo golpe na tentativa do BCE impulsionar a inflação, o núcleo do índice de preços caiu à mínima de cinco meses de 0,9%.
O BCE afirmou na semana passada que reduziria suas compras de ativos pela metade a partir de janeiro, mas estendeu o programa até o final de setembro, prometeu anos de estímulo e deixou a porta aberta para voltar atrás, citando pressões moderadas de preços.
Além disso, o escritório de estatísticas da União Europeia afirmou que o produto interno bruto no bloco de 19 países que adotam a moeda subiu 0,6% no trimestre e 2,5% no ano, o que se alinha em grande parte às projeções.
Outro relatório mostrou que a taxa de desemprego da região caiu para 8,9%, o menor nível desde 2009.
O euro estava um pouco mais baixo, cotado a 1,1630 frente ao dólar.