Por Florence Tan
CINGAPURA (Reuters) - A maior exportadora global de petróleo, Arábia Saudita, vai elevar os preços do produto em dezembro para clientes na Ásia a níveis vistos pela última vez em 2013 ou 2014, segundo uma pesquisa da Reuters, com os cortes de produção liderados pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e uma robusta demanda reequilibrando os mercados da commodity.
Os árabes devem elevar o preço oficial de venda de sua principal variedade de petróleo em dezembro, o Arab Light, para ao menos 90 centavos de dólar o barril acima das cotações de Omã e Dubai, segundo uma pesquisa com cinco refinarias. Seria o maior prêmio desde o 1,65 dólar em setembro de 2014, segundo os dados da Reuters.
Os preços para graduações mais pesadas podem ter um impulso ainda maior em dezembro, segundo a pesquisa, com o preço do Arab Heavy podendo subir para ao menos 1,30 dólar abaixo das cotações de Omã e Dubai, o menor desconto desde uma diferença de 1,05 dólar em dezembro de 2013, ainda segundo dados da Reuters.
As altas viriam em meio a um cenário de preços mais fortes para os petróleos de referência do Oriente Médio e firmes margens de refino, disseram os entrevistados da pesquisa.
Em Dubai, o mercado ampliou o estado conhecido como "backward", quando os preços à vista são maiores que os dos meses futuros, sinalizando uma demanda mais forte por cargas à vista.
Os preços oficiais do petróleo saudita estabelecem a tendência para os preços do Irã, Kuweit e Iraque, afetando mais de 12 milhões de barris por dia em petróleo que vai para a Ásia.
A petroleira saudita Saudi Aramco define seus preços de petróleo com base em recomendações de clientes e após calcular a mudança no valor de seu petróleo ao longo do mês anterior, com base em retornos e preços de produtos. Funcionários da empresa têm a política de não comentar os preços mensais do reino.