Por Suleiman Al-Khalidi
AMÃ (Reuters) - O Exército sírio intensificou nesta quinta-feira seu bombardeio contra um acampamento sitiado para refugiados palestinos e áreas próximas tomadas por rebeldes no sul de Damasco, a última área próxima à capital fora de controle do governo.
A maioria dos civis há tempos fugiu do acampamento Yarmouk, no passado o maior na Síria para refugiados palestinos, mas alguns permaneceram, fazendo com que a Organização das Nações Unidas pedisse que lados em conflito poupassem civis.
O Exército sírio, apoiado pela Rússia, realizou uma grande ofensiva na semana passada para capturar o enclave no sul de Damasco que inclui Yarmouk e áreas próximas, que estavam tomadas há anos por combatentes rebeldes e militantes do Estado Islâmico.
A campanha em Yarmouk é parte de uma ofensiva mais ampla para recapturar áreas rebeldes remanescentes que não mostraram sinal de desistência desde que países ocidentais realizaram ataques aéreos em 14 de abril para punir o governo por um suposto ataque com gás venenoso.
O presidente Bashar al-Assad está agora de longe em sua posição mais forte desde os meses iniciais da guerra civil de sete anos.
Pierre Krahenbuhl, comissário da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Oriente Próximo, que comanda acampamentos para refugiados palestinos, alertou sobre as “consequências catastróficas do agravamento” no acampamento, que havia “suportado dor e sofrimento indescritíveis durante anos de conflito”.
A mídia estatal exibiu imagens de uma operação em solo liderada por tanques nos entornos de Hajar al-Aswad, que é contíguo ao acampamento Yarmuk. Ataques aéreos e bombardeios têm atingido áreas residenciais há dias.
O Exército informou ter feito avanços e matado dezenas de militantes. Rebeldes na área dizem, no entanto, que não houve investida significativa dentro de Hajar al-Aswad ou do acampamento, apesar de centenas de ataques.