ESTOCOLMO (Reuters) - A Academia Sueca elegeu dois novos membros nesta sexta-feira, parte de seus esforços para reformular a instituição abalada por um escândalo e fazer com que ela retome a função de escolher o Prêmio Nobel de Literatura.
Pela primeira vez em décadas, o Nobel não concederá um prêmio de literatura neste ano, já que um escândalo de estupro levou vários membros a renunciarem ou se afastarem do trabalho da Academia para protestar, o que a impediu de escolher um vencedor.
A Academia informou em um comunicado que escolheu Eric Runesson, juiz da Suprema Corte sueca, e Jila Mossaed, romancista e poeta nascida no Irã, como seus novos integrantes.
Houve clamores pela renúncia de Katarina Frostenson, membro da Academia que é casada com o pivô do escândalo, mas essa questão não foi mencionada no comunicado.
Seu marido, Jean-Claude Arnault, foi condenado a dois anos de prisão por estupro na segunda-feira. Ele negou todas as alegações que lhe fizeram e está apelando do veredicto.
Na semana passada o chefe da Fundação Nobel disse à Reuters que pode privar a Academia de atribuir o prêmio de literatura se a entidade não fizer mais mudanças na esteira do escândalo.
A maneira como a Academia lidou com ele levou 18 de seus membros a renunciarem e vários outros a deixarem de participar de suas atividades, incluindo Katarina.