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BB-BI atualiza recomendações e preços-alvo de ações do varejo para 2020

Publicado 15.04.2020, 15:54
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VSTE3
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VIVA3
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PCAR3
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Correção em 20/04 às 17h48. No 3ºparágrafo, ao invés de Vivara (SA:VIVA3), a ação correta é Via Varejo

Por Gabriel Codas

Investing.com - O Banco do Brasil Investimentos (BB-BI) divulgou nesta quarta-feira relatório atualizando as recomendações das ações do varejo e seus preços-alvo. Lojas Americanas (SA:LAME4), Lojas Renner (SA:LREN3) e Restoque (SA:LLIS3) foram atualizadas de Outperform para Market Perform, com RaiaDrogasil (SA:RADL3) fazendo o caminho oposto. Já para Grupo Pão de Açúcar  (SA:PCAR3), B2W Digital (SA:BTOW3), Magazine Luiza (SA:MGLU3) e Hypera (SA:HYPE3) foram mantidas como Outperform e em Market Perform para Via Varejo (SA:VVAR3), Natura&Co e Centauro (SA:CNTO3).

Os modelos foram atualizados para a incorporação dos resultados referentes ao 4T19 e as implicações decorrentes do surto do Covid-19, cujo início no Brasil deu-se ao final de fevereiro.

Com isso, os preços-alvos passam a ser: B2W – R$ 65,6; Centauro – R$ 24,3; Pão de Açúcar - R$ 73,9;  Hypera – R$ 41,0; Lojas Americanas – R$ 24,50; Restoque – R$ 8,7; Lojas Renner – R$ 37,1; Magazine Luiza – R$ 51,6; Natura (SA:NTCO3) -R$ 36,20; RaiaDrogasil – R$ 110,8; Via Varejo (SA:VVAR3) – R$ 7,80.

A equipe aponta que o alastramento do Covid-19 gerou implicações de curtíssimo e de curto prazos no desempenho das companhias varejistas, em diferentes escalas, conforme a exposição das companhias ao consumo cíclico e não cíclico.

No curtíssimo prazo, o impacto do Covid-19 decorreu das limitações impostas à livre circulação das pessoas e do fechamento do comércio considerado não essencial. As medidas de fechamento do comércio não foram homogêneas no território brasileiro, mas muitas companhias (Magazine Luiza, Lojas Renner, Via Varejo, Centauro), também preocupadas com a saúde de seus funcionários, decidiram por fechar suas lojas físicas em todo o território nacional por tempo indeterminado.

Os analistas destacam também que, apesar do impacto das restrições ao comércio ser patente na receita e nas margens das companhias, a grande questão que surge é a imprevisibilidade. Em geral, os decretos das prefeituras e dos estados estabeleceram a proibição de funcionamento do comércio por um período de 15 dias e, na última semana, enquanto alguns estados decidiram por afrouxar medidas anteriormente tomadas (como o Mato Grosso), outros decidiram por prorrogar esse período, o que gera incertezas quanto à duração das restrições no Brasil. Nesse contexto, o BB-BI decidiu por trabalhar, como cenário base, com o fechamento das lojas físicas por um período de 45 dias, a contar de 20 de março de 2020.

O BB-BI indica ainda que, no curto prazo, os impactos do Covid-19 decorrerão do aumento do desemprego, menor disponibilidade de renda e a consequente redução da confiança do consumidor, além da maior retração dos consumidores em sair de casa, evitando aglomerações. Nessa conjuntura, as perspectivas de vendas após o período de restrições ao comércio levam em consideração um ambiente macroeconômico mais desafiador do que aquele observado no início do ano de 2020.

Além disso, devido às maiores pressões sobre o caixa das companhias e/ou o fechamento de lojas físicas por tempo ainda indeterminado, muitas companhias deverão postergar parte dos investimentos previstos inicialmente para este ano, o que impactaria a geração de caixa prevista tanto para 2020, quanto para os próximos anos.

A equipe destaca que, adicionalmente aos impactos sobre a geração de caixa das companhias em 2020 e anos seguintes, ajustou as estimativas de distribuição de dividendos de forma a contemplar uma maior preservação de caixa em um momento de grandes incertezas.

Eles revistam também a taxa de desconto (WACC), de forma a refletir a maior aversão ao risco por partes dos investidores, elevando o prêmio de mercado e o CDS, a redução da taxa livre de risco, devido ao movimento de “flight to safety” (fuga para ativos de menor risco) e redução dos retornos esperados.

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