Por Geoffrey Smith
Investing.com – A Bed Bath & Beyond (NASDAQ:BBBY) teve um prejuízo de quase US$ 101 milhões no 4º tri, com uma queda de um terço nas vendas em relação ao mesmo período do ano passado, reforçando dúvidas quanto à capacidade da empresa de continuar operando.
No entanto, as ações da varejista disparavam mais de 20% às 12h25, após a companhia evitar um pedido de falência, risco alertado na última semana. O que também ajudava no sentimento em relação à ação era o fato de a Standard & Poor’s ter elevado a classificação de crédito da companhia do status de “default seletivo".
A Bed Bath & Beyond informou que suas vendas comparáveis recuaram 32% em relação ao terceiro trimestre fiscal do ano passado, que abrange os três meses até dezembro, devido à dificuldade de eliminar o excesso de estoque.
Ao comentar o alerta emitido na semana passada, de que a empresa poderia ser forçada a recorrer a uma recuperação judicial, a CEO Sue Gove disse apenas que a gerência estava estudando “todas as alternativas estratégicas para atingir nossos objetivos de curto e longo prazo”.
“Estamos explorando vários caminhos e estamos determinando nossos próximos passos", declarou Gove.
A Bed Bath & Beyond foi uma das várias ações que ganharam um sopro de vida com a atuação de investidores de varejo durante a pandemia, cujas compras agressivas geraram coberturas de vendas a descoberto e promoveram uma breve alta do papel. A empresa já vinha enfrentando dificuldades antes mesmo da pandemia, o que se intensificou após os fins dos bloqueios sanitários, quando os consumidores pararam de comprar materiais de reforma residencial e passaram a focar mais em serviços e entretenimento.
A companhia declarou que sua liquidez disponível total, incluindo instrumentos de crédito, recuou para cerca de US$ 500 milhões no fim do último trimestre, com caixa e equivalentes de caixa totalizando não mais que US$ 200 milhões. Embora a gerência diga que pretende cortar os custos operacionais em US$ 500 milhões por ano, com base em seu atual programa de fechamento de 150 lojas, não forneceu qualquer previsão de quando espera que seu fluxo de caixa negativo se recupere. Seu fluxo de caixa ficou negativo em US$ 308 milhões no trimestre, fazendo com que a saída total atingisse mais de US$ 1,1 bilhão nos primeiros três trimestres do ano fiscal.