BERLIM (Reuters) - O Partido Social-Democrata da Alemanha (SPD) considerou nesta quarta-feira estreitar regras sobre direitos de votos de novos membros após ativistas contra uma renovada coalizão com os conservadores, da chanceler Angela Merkel, terem sucesso em gerar um surto de inscrições.
Delegados de um congresso especial do SPD votaram por pequena margem no fim de semana para trabalhar em direção a uma repetição da "grande coalizão" que governou a Alemanha pelos últimos quatro anos, se aliando à liderança do partido contra a ala jovem mais radical do SPD, os "Jusos".
Mas o líder do partido, Martin Schulz, desesperado para conquistar a cética base do partido, prometeu consultar os 450 mil membros da legenda em votação por cédula postal antes de assinar um acordo final que irá acabar com meses de incerteza na maior economia da Europa.
"Se junte a este partido! Transforme ele em seu", disse Kevin Kuehnert, líder do Jusos em um discurso ao congresso de domingo instando contra a votação, ecoando o slogan mais prosaico de seu grupo: "Contra a GroKo" – forma abreviada para uma grande coalizão.
Organizações partidárias regionais relataram um aumento de pedidos de adesão, custando a partir de 5 euros ao mês, desde o fim de semana, conforme pessoas se apressaram para participar da votação por célula postal quando um acordo for alcançado.
Na Renânia do Norte-Vestefália (NRW), maior Estado da Alemanha, o SPD havia recebido 600 novos pedidos, e em Berim 300.
Estes números ainda são pequenos comparados aos 30 mil que entraram no partido em 2017, em meio à curta euforia que seguiu a nomeação de Schulz como líder. Muitos destes inscritos devem manter o apoio a ele.
(Reportagem de Thomas Escritt)