Por Dhirendra Tripathi
Investing.com - As ações da BioNTech (NASDAQ:BNTX) e da Moderna (NASDAQ:MRNA) dispararam nesta quarta-feira depois que a Organização Mundial da Saúde pediu aos países, especialmente os mais ricos, para interromper a aplicação de doses de reforço contra a Covid-19 pelo menos por dois meses.
Por volta das 15h40 (horário de Brasília), a BioNTech subia 21,7% e a Moderna, 11%. Seus BDRs, negociados no Brasil, subiam 22,7% (SA:B1NT34) e 10,2% (SA:M1RN34), respectivamente.
A Pfizer Inc (NYSE:PFE) (SA:PFIZ34), que trabalha junto com a BioNTech, sediada na Alemanha, na vacina contra a Covid, apresentava leve queda. O mesmo aconteceu com a Johnson & Johnson (NYSE:JNJ) (SA:JNJB34).
A OMS comentou a desigualdade da disponibilidade de vacinas entre países.
“Precisamos de um redirecionamento urgente das vacinas que estão indo para os países ricos para os países pobres”, disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, em coletiva.
O apelo da OMS vem com a disseminação da variante Delta, que causou estragos na Índia entre março e maio, em países como Estados Unidos, Vietnã, Austrália e vários outros.
A produção de vacinas acontece em poucos lugares, como EUA, Rússia, China, Índia e partes da Europa, e os suprimentos são limitados. A logística de fornecimento das vacinas de mRNA, consideradas mais eficazes na neutralização do vírus, está pressionada, pois necessita de infraestrutura especial para transporte e administração.
Embora os fabricantes se beneficiem com a maior demanda, nem todos estão convencidos de que a dose de reforço é necessária, nem há certeza de quais vacinas precisam de mais do que duas doses. A vacina da Johnson & Johnson é a única que necessita apenas de uma dose.
O Centros de Controle e Prevenção de Doenças disse que os dados que justificam a necessidade de doses de reforço não foram esclarecidos.
Um estudo em Israel apontou recentemente para a diminuição da eficácia da Pfizer, mesmo com a dose prevenindo a fase grave da doença.