SANTIAGO (Reuters) - A Endesa Chile, maior geradora de energia elétrica do país, informou nesta segunda-feira que encontrou gastos não contabilizados equivalentes a cerca de 500 mil dólares entre 2012 e o primeiro trimestre de 2015, em uma auditoria para detectar possível financiamento ilegal a políticos.
A empresa, controlada indiretamente pela italiana Enel (MILAN:ENEI), disse que um informe jurídico recomentou declarar como gasto não utilizável os pagamentos que careceriam de respaldo suficiente para justificá-lo à autoridade tributária.
Disse também que os relatórios finais de auditorias e advogados serão apresentados em julho e que não há indícios de violações às leis que regem o mercado de ações.
A elétrica soma-se a uma lista de grandes empresas chilenas que reconheceram aportes ilegais em campanhas políticas de diferentes setores em anos recentes.
A Endesa está presente no Brasil por meio das distribuidoras de energia elétrica Ampla e Coelce, além de possuir ativos de geração hidrelétrica em Goiás e termelétricas em Goiás. A italiana Enel também atua diretamente no país por meio da subsidiária Enel Green Powr, que tem investido em fontes renováveis como eólcias e solares.
(Por Felipe Iturrieta)