JERUSALÉM (Reuters) - Israel disse nesta quinta-feira que frustrou um plano de dois árabes israelenses simpatizantes do Estado Islâmico de cometer um atentado em um santuário disputado de Jerusalém onde um ataque com armas desencadeou uma onda de violência em julho.
O serviço de segurança Shin Bet descreveu os suspeitos, de 26 e 16 anos de idade, como moradores da mesma cidade árabe israelense de três atiradores que mataram dois guardas da polícia em um portão do complexo da mesquita de Al-Aqsa em 14 de julho e em seguida foram mortos a tiros.
Israel reagiu ao ataque instalando detectores de metal do lado de fora do complexo durante algum tempo, revoltando palestinos que viram a medida como uma violação dos mecanismos de acesso em vigor há décadas.
Quatro palestinos foram mortos durante os confrontos subsequentes com forças de segurança israelenses, e um palestino matou três colonos israelenses a facadas.
Os dois suspeitos colocados sob custódia neste mês "apoiam a ideologia assassina do grupo terrorista Estado Islâmico, e o ataque terrorista seria realizado como uma expressão disso", afirmou o Shin Bet em seu comunicado nesta quinta-feira.
A agência disse que eles tinham duas pistolas. "Eles planejavam um ataque com armas no Monte do Templo de Jerusalém semelhante ao que transpirou em 14 de julho", informou, sem dar detalhes.
Os judeus reverenciam o santuário, onde hoje estão a mesquita de Al-Aqsa e o Domo da Rocha, por o considerarem o local de seus dois templos antigos. As tentativas de judeus de orarem ali, uma violação dos mecanismos de acesso, vêm causando tensão com os muçulmanos.
Israel capturou Jerusalém Oriental, incluindo a Cidade Velha e o complexo sagrado, na Guerra dos Seis Dias de 1967 e anexou a área, uma medida que jamais teve aprovação internacional.
(Por Dan Williams)