Por Senad Karaahmetovic
A Administração de Aviação Federal dos EUA (FAA, na sigla em inglês) aprovou o plano de inspeção da Boeing (BVMF:BOEI34)(NYSE:BA) para retomar as entregas do modelo 787, segundo uma reportagem da Reuters na sexta-feira.
A notícia saiu logo depois de a Boeing revelar que estava “bem perto” de retomar as entregas do 787. A Boeing não confirmou a matéria da Reuters, mas declarou que “continuará trabalhando de forma transparente com a FAA e nossos clientes para retomar as entregas do 787”.
Um analista do Goldman Sachs (NYSE:GS) considera que a Boeing começará a fazer as entregas do 787 no “início de agosto”, com base na matéria da Reuters.
“A retomada das entregas do 787 liberaria um excesso significativo dos estoques, assim como um fluxo de caixa considerável associado ao modelo, dando uma perspectiva melhor sobre as taxas futuras de produção e diminuindo as preocupações dos investidores em torno da estrutura de capital”, afirmou o analista em nota aos clientes.
Como a Boeing possui 120 unidades do 787 em estoque, o analista estima que existam quase US$ 7 bilhões em valores líquidos a receber.
Um analista do Jefferies espera que a companhia retome gradativamente as entregas das aeronaves.
“Estimamos 12 entregas em 2022, aumentando para 84 unidades em 2023. Isso significa que as 115 unidades do 787 em estoque atualmente devem cair para 49 até o fim do ano. A taxa reduzida e o retrabalho gerarão US$ 2 bilhões em custos anormais ao longo de 2023. O caixa relacionado às entregas do 787 está negativo em 2022, dado que esses custos aumentarão para mais de US$ 24 milhões por aeronave em 2024”, escreveu o analista.
As ações da Boeing disparavam 7,39% por volta das 12h52 desta segunda-feira.